Suicidar-se pode ser o mais visceral dos gestos anticapitalistas?

“A imensa máquina da medicina (hospitais, laboratórios, farmácias, médicos, inseguro saúde, aparelhos de diagnósticos por imagem etc, e mais cosméticos, alimentação…) produz a nossa longevidade. Somos um produto dessa indústria. Produto e fonte de riqueza. A máquina precisa manter nossa longevidade para se expandir e lucrar. A preocupação da máquina capitalista não é nos manter vivos com qualidade de vida, mas manter em nós a bio. À máquina não interessa o ser vivo, mas a bio de que ele é portador. Um primeiro passo para resistir à máquina que nos alienou de nossos corpos é se recusar a técnicas de prorrogação da bio em nós. Passo mais radical para eliminar a fonte de riqueza da máquina: o suicídio consciente e lúcido como forma de resistência extrema e de reapropriação de nossos corpos.”

Do crítico cinematográfico Jean-Claude Bernardet

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