Arquivo de novembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Na contracorrente

“- Um escritor precisa de solidão?
– Claro! Só que hoje, com redes sociais, BlackBerries e outros cacarecos da comunicação, ficar sozinho é muito difícil. Cada texto terminado é uma vitória triunfal do Word sobre o Twitter, o Facebook, o Outlook…”

Do cronista Antonio Prata para o repórter Ubiratan Brasil, de O Estado de S.Paulo

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Debandada

Um grupo de anões decide jogar futebol e aluga um campinho na várzea. Chegando lá, os rapazes percebem que não têm onde se trocar. Seguem, então, para um boteco das redondezas e perguntam se podem usar os banheiros como vestiário. O dono do bar autoriza. Os anões entram rapidamente nos sanitários, colocam os uniformes e saem em fila  _primeiro, o time azul; depois, o vermelho. Um bêbado que tomava o quinto copo de cachaça observa a cena e, alarmado, grita para o proprietário:
– Não vai fazer nada, mané? O seu pebolim está fugindo…

Da revista VIP de dezembro   

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ei, Babalu, Cactos Kid o trata bem?

Episódio de Pepe Legal, desenho da Hanna-Barbera que tem a melhor dublagem de todos os tempos 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Às vezes, mas só às vezes, me ponho a pensar: que mal há em ser apenas mais um?

“Quero a vida pacata que acata o destino sem desatino
Sem birra nem mossa, que só coça quando lhe dá comichão
À frente uma estrada não muito encurvada
Atrás a carroça grande e grossa que eu possa arrastar sem fazer pó no chão
E já agora a gravata, com o nó que me ata bem o pescoço
Para que o alvoroço, o tremoço e o almoço demorem a entrar
Quero ter um sofá e no peito um crachá, quero ser funcionário
Com cargo honorário e carga de horário e um ponto a picar

Vou dizer que sim, ser assim assim, assinar a Reader’s Digest
Haja este sonho que desde rebento acalento em mim
Ter mulher fiel, filhos, fado, anel e lua de mel em França
Abrandando a dança, descansado até ao fim
Quero ter um T1, ter um cão e um gato e um fato escuro
Barbear o rosto, pagar o imposto, disposto a tanto
Quem sabe amiúde brindar à saúde com um copo de vinho
Saudar o vizinho, acender uma vela ao santo

Quero vida pacata, pataca, gravata, sapato barato
Basta na boca uma sopa com pão, com cupão de desconto
Emprego, sossego, renego o chamego e faço de conta
Fato janota, quota na conta e a nota de conto

Vou dizer que sim, ser assim assim, assinar a Reader’s Digest
Haja este sonho que desde rebento acalento em mim
Ter mulher fiel, filhos, fado, anel e lua de mel em França
Abrandando a dança, descansado até ao fim”

Reader’s Digest, música de Miguel Araújo Jorge, interpretada pelo português António Zambujo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Por que levo sempre um Baygon na minha pasta de trabalho?

Quadrinho de Angeli
(clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vida de papel

Escritores achatam o mundo?

A partir do romance Um Erro Emocional, de Cristovão Tezza

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Simbióticos

Saudades tuas são as tuas saudades de mim ou as minhas saudades de ti?

A partir de um poema de Wilson Bueno

sábado, 27 de novembro de 2010

O que me vem à cabeça quando vejo o noticiário sobre o Rio de Janeiro?

“Cruzou-se comigo, no Chiado, uma menina dos seus 18 anos. Ruiva, muito ruiva mesmo, a pele atormentada por um enxame de sardas. Ao passar pousou nos meus olhos de velho, já um tanto cansados, o verde húmido dos seus olhos. Então sorriu e disse com um luminoso sotaque carioca: ‘Aproveite o sol. Um dia destes volto para buscar você’. Ocorreu-me primeiro que fosse a Morte. Depois pensei melhor: tão bonita, tão carioca, deve ser antes a ressurreição.”

Trecho de Milagrário Pessoal, romance do angolano José Eduardo Agualusa 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eu cá, você lá

Por que é que a gente não se encontra?

O Fado da Procura, com Ana Moura

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tolerância de fachada

“- A Parada Gay ajuda na aceitação dos homossexuais? Ou está mais para o espetáculo?
– A Parada hoje tem um retorno econômico muito grande, um efeito cultural, mas é um pouco fogo de artifício. Basta ver o que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro. A Parada terminou, e uns jovens ficaram se beijando no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador. Já eram 23h e a polícia foi lá e deu uns tiros. O que é mais ou menos o recado da sociedade: ‘Olha, gente, acabou a Parada. A hora de se beijar, de andar de biquíni era aquela, agora não dá mais. Voltou a vida como ela é. Aqui não pode’. Depois da Parada, o mundo volta a ser como é todos os dias: homofóbico.”

Trecho de uma entrevista da repórter Mônica Manir com o professor universitário Fernando Seffner, estudioso das masculinidades
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