“No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.”
Trecho de Acaso, poema de Álvaro de Campos
Publicado
quarta-feira, 18 de março de 2015 às 8:00 pm e categorizado como Blog.
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Por que nunca consigo me manter no presente?
“No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.”
Trecho de Acaso, poema de Álvaro de Campos
Publicado quarta-feira, 18 de março de 2015 às 8:00 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.