O criado-mudo é o cemitério da poesia?

“Na casa de solteiro
nas casas de casado
nunca vi ninguém
nunca vi alguém
lendo livro meu.
Livro de cabeceira
livro na cabeceira
mas não livro seguro
aberto com duas mãos
lido por dois olhos.
Livro sempre fechado
em copas, entre capas
livro entre leituras
suas velhas folhas
sempre novas em folha.”

Doméstico, poema de Armando Freitas Filho

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