“é quase sempre assim: freguês chega com o livro, pergunta o preço como quem não quer nada (mas querendo muito) e, depois de escutar a resposta, emenda:
– e tem desconto?
a pergunta rola mesmo se o livro estiver com o preço bacana de 9,90.
a pergunta rola até no caso daqueles folhetos só com o primeiro capítulo de determinado título, que algumas editoras deixam nas livrarias. e o diálogo que aconteceu esses dias foi mais ou menos assim:
freguês: moça, tem desconto?
livreira: mas é amostra grátis, não é o livro.
freguês: ah… mas tem desconto?
livreira: meu senhor, pode levar.
freguês: mas com desconto? (SOCORRO? qual parte do ‘amostra grátis’ eu esqueci de falar?)
e quando a livreira responde que não, que infelizmente não há descontinho camarada, o harlam shake começa:
– moça, mas nem pra estudante? (não. beijo, meia-entrada)
– nem pra professor? (deveria, mas não tem)
– nem pra advogado? (não. a não ser que eu tenha desconto quando eu for no seu escritório pra tentar processar a vida por danos morais)
– nem se eu pagar em dinheiro? (mas nem se o senhor pagar em tomates)
– nem se eu levar esse exemplar rasgadinho? (não, nem assim)
– olha, eu tenho um problema de visão, será que rola? (MEU AMIGO… MEU AMIGO, NÃO)
– mas é meu aniversário hoje, moça? (cê tá de parabéns, curta um montão na balada, mas não)
– e pra ex-BBB? (só se no seu rg estiver escrito TINA DAS PANELAS)”
Extraído do blog Manual Prático de Bons Modos em Livrarias
Publicado
sexta-feira, 5 de julho de 2013 às 1:34 pm e categorizado como Blog.
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Nem pra jornalista?
“é quase sempre assim: freguês chega com o livro, pergunta o preço como quem não quer nada (mas querendo muito) e, depois de escutar a resposta, emenda:
– e tem desconto?
a pergunta rola mesmo se o livro estiver com o preço bacana de 9,90.
a pergunta rola até no caso daqueles folhetos só com o primeiro capítulo de determinado título, que algumas editoras deixam nas livrarias. e o diálogo que aconteceu esses dias foi mais ou menos assim:
freguês: moça, tem desconto?
livreira: mas é amostra grátis, não é o livro.
freguês: ah… mas tem desconto?
livreira: meu senhor, pode levar.
freguês: mas com desconto? (SOCORRO? qual parte do ‘amostra grátis’ eu esqueci de falar?)
e quando a livreira responde que não, que infelizmente não há descontinho camarada, o harlam shake começa:
– moça, mas nem pra estudante? (não. beijo, meia-entrada)
– nem pra professor? (deveria, mas não tem)
– nem pra advogado? (não. a não ser que eu tenha desconto quando eu for no seu escritório pra tentar processar a vida por danos morais)
– nem se eu pagar em dinheiro? (mas nem se o senhor pagar em tomates)
– nem se eu levar esse exemplar rasgadinho? (não, nem assim)
– olha, eu tenho um problema de visão, será que rola? (MEU AMIGO… MEU AMIGO, NÃO)
– mas é meu aniversário hoje, moça? (cê tá de parabéns, curta um montão na balada, mas não)
– e pra ex-BBB? (só se no seu rg estiver escrito TINA DAS PANELAS)”
Extraído do blog Manual Prático de Bons Modos em Livrarias
Publicado sexta-feira, 5 de julho de 2013 às 1:34 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.