Vá à realidade, mas não me convide
“O teatro é o único lugar em que podemos nos reinventar. Não é, portanto, o lugar de dar continuidade ao mundo. Só no teatro é possível ir além de nossa identidade cotidiana e, então, criar outros modos de habitar a vida. O teatro não é o lugar do reconhecimento. Muito pelo contrário: é o lugar que nos defronta experiencialmente com a alteridade radical.”
escrever tb.
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o único ponto que eu gostaria de comentar é o título: “vá à realidade, mas não me convide”. não existe realidade: o que chamamos de realidade é apenas o jogo de linguagem com o qual compactuamos e que jogamos, cúmplices, na cotidianeidade. se criamos outro jogo de linguagem, outra realidade se instaura. o meu ponto é justamente este: no teatro, não devemos compactuar com o jogo de linguagem hegemônico (que chamamos de mundo, ou de realidade), mas sim instaurarmos outros jogos de linguagem, que vão fundar outras realidades, insuspeitadas. e é por isso que o teatro não é um escapismo, uma fuga da “realidade”, mas sim a invenção e instauração de outras realidades (de igual densidade), que se contrapõe à ideia hegemônica de realidade – o que nos leva a perceber que o mundo como se configura é apenas UMA possibilidade de real.
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