Como, de repente, o sangue do meu sangue se tornou sangue de outro sangue?

“Espantava-o que sob cabelos que possuíam odor idêntico aos seus grelassem ideias diversas das que penosamente armazenara em anos e anos de hesitações e dúvidas. Surpreendia-se que para além de tiques e de gestos a natureza se não houvesse empenhado em transmitir a suas filhas também, a título de bónus, os poemas de Eliot que conhecia de cor, a silhueta de Alves Barbosa a pedalar nas Penhas da Saúde, e a aprendizagem já feita do sofrimento.”

Trecho do romance Memória de Elefante, de António Lobo Antunes

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