“A classe dominante é formada pelos capitalistas que têm por objetivo a sua ‘liberdade’ de fazer o que quiserem com o câmbio, com a localização geográfica de seus investimentos, com os preços e juros que eles cobram dos clientes. Para tanto, eles reivindicam a exclusão do Estado da arena econômica. A esse respeito, os interesses dos capitalistas e das classes trabalhadores não podem deixar de se contrapor. O povo trabalhador depende das políticas ditas ‘sociais’ que tomam a forma de serviços públicos essenciais: saúde, segurança, transporte, energia, telecomunicações, educação de crianças, jovens, adultos e idosos, habitação social, previdência, cultura etc.. Embora os serviços públicos estejam à disposição de toda a população, somente os pobres dependem deles. As classes abastadas não os usam, porque quase todos eles têm como contraparte serviços análogos prestados por empresas capitalistas privadas. O entrechoque de interesses fica flagrante no caso do transporte urbano: o espaço de circulação é disputado por automóveis de passageiros e ônibus e outras modalidades de transporte público. A mesma disputa fica tristemente óbvia quando os porta-vozes da classe capitalista encenam campanhas contra o tamanho dos impostos, quando todos sabem que o SUS, o Sistema Único de Saúde do qual dependem os trabalhadores, carece de meios para curar e salvar vidas porque o Orçamento do governo federal não dispõe de recursos para tanto.”
Do economista Paul Singer
Publicado
terça-feira, 14 de janeiro de 2014 às 3:29 pm e categorizado como Blog.
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A luta de classes acabou?
“A classe dominante é formada pelos capitalistas que têm por objetivo a sua ‘liberdade’ de fazer o que quiserem com o câmbio, com a localização geográfica de seus investimentos, com os preços e juros que eles cobram dos clientes. Para tanto, eles reivindicam a exclusão do Estado da arena econômica. A esse respeito, os interesses dos capitalistas e das classes trabalhadores não podem deixar de se contrapor. O povo trabalhador depende das políticas ditas ‘sociais’ que tomam a forma de serviços públicos essenciais: saúde, segurança, transporte, energia, telecomunicações, educação de crianças, jovens, adultos e idosos, habitação social, previdência, cultura etc.. Embora os serviços públicos estejam à disposição de toda a população, somente os pobres dependem deles. As classes abastadas não os usam, porque quase todos eles têm como contraparte serviços análogos prestados por empresas capitalistas privadas. O entrechoque de interesses fica flagrante no caso do transporte urbano: o espaço de circulação é disputado por automóveis de passageiros e ônibus e outras modalidades de transporte público. A mesma disputa fica tristemente óbvia quando os porta-vozes da classe capitalista encenam campanhas contra o tamanho dos impostos, quando todos sabem que o SUS, o Sistema Único de Saúde do qual dependem os trabalhadores, carece de meios para curar e salvar vidas porque o Orçamento do governo federal não dispõe de recursos para tanto.”
Do economista Paul Singer
Publicado terça-feira, 14 de janeiro de 2014 às 3:29 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.