“Já fui uma ficha de telefone
Foi assim:
fui uma ficha de telefone,
uma hóstia santa que não se come,
nem se salva.
Mas como ficha de telefone
não tive crédito suficiente
de avisar ao pires
que a sobra era um novo continente,
de contar à boca
a anedota dos peixes,
de revelar às roupas
que dá para ir à festa sem convite,
de repetir às fechaduras
que como o sexo tudo se abre com jeitinho,
de sobretudo lembrar aos homens
que o mundo era deles,
e que as coisas ultrapassadas
já não tinham mão de obra qualificada.”
Trecho de um poema que faz parte do romance Terra Avulsa, de Altair Martins
Publicado
quinta-feira, 6 de junho de 2013 às 11:32 am e categorizado como Blog.
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Acredita em vidas passadas?
“Já fui uma ficha de telefone
Foi assim:
fui uma ficha de telefone,
uma hóstia santa que não se come,
nem se salva.
Mas como ficha de telefone
não tive crédito suficiente
de avisar ao pires
que a sobra era um novo continente,
de contar à boca
a anedota dos peixes,
de revelar às roupas
que dá para ir à festa sem convite,
de repetir às fechaduras
que como o sexo tudo se abre com jeitinho,
de sobretudo lembrar aos homens
que o mundo era deles,
e que as coisas ultrapassadas
já não tinham mão de obra qualificada.”
Trecho de um poema que faz parte do romance Terra Avulsa, de Altair Martins
Publicado quinta-feira, 6 de junho de 2013 às 11:32 am e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.