“- Lendo seus livros, a gente tem a impressão de que você sente certa felicidade em não ver, que isso não o chateia, muito pelo contrário. É assim mesmo?
– Não, uma certa felicidade, não. Mas nunca vivi num mundo visual. Por exemplo, não sei a cor da roupa que visto. E já me aconteceu de me apaixonar por uma mulher, muito apaixonado e… bem, não poder imaginá-la direito. – Explique com mais clareza.
– Imagino a felicidade de estar com ela. Isso, sim, eu posso imaginar. Mas se me perguntam a cor de seus olhos, a forma do nariz e da boca, nao sei.”
Do escritor Jorge Luis Borges em 1974, numa entrevista para María Esther Gillio
Publicado
segunda-feira, 10 de setembro de 2012 às 4:41 pm e categorizado como Blog.
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Observador do invisível
“- Lendo seus livros, a gente tem a impressão de que você sente certa felicidade em não ver, que isso não o chateia, muito pelo contrário. É assim mesmo?
– Não, uma certa felicidade, não. Mas nunca vivi num mundo visual. Por exemplo, não sei a cor da roupa que visto. E já me aconteceu de me apaixonar por uma mulher, muito apaixonado e… bem, não poder imaginá-la direito.
– Explique com mais clareza.
– Imagino a felicidade de estar com ela. Isso, sim, eu posso imaginar. Mas se me perguntam a cor de seus olhos, a forma do nariz e da boca, nao sei.”
Do escritor Jorge Luis Borges em 1974, numa entrevista para María Esther Gillio
Publicado segunda-feira, 10 de setembro de 2012 às 4:41 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.