“Como um profeta, pedir perdão às formigas
que matei
(milhares)
às asas dos besouros
que arranquei, às barbatanas
de tubarão que comi
terei de amar cada mariposa
e mesmo o creme adstringente
culinário que sai de dentro das baratas
espatifadas sob a sola da sandália?
Sim, terá.
E ainda por cima
voltar vestido de duende
uma glande enorme, condão, tocando
o pelo dos bichos
dizendo o nome deles, em sua própria
língua? Elefante, sou eu
dromedário, eis aqui o teu irmão?”
Trecho do poema Terei de Amar Gafanhotos, de Nuno Ramos
Publicado
quarta-feira, 8 de agosto de 2012 às 9:06 am e categorizado como Blog.
Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.
O mal-estar do civilizador
“Como um profeta, pedir perdão às formigas
que matei
(milhares)
às asas dos besouros
que arranquei, às barbatanas
de tubarão que comi
terei de amar cada mariposa
e mesmo o creme adstringente
culinário que sai de dentro das baratas
espatifadas sob a sola da sandália?
Sim, terá.
E ainda por cima
voltar vestido de duende
uma glande enorme, condão, tocando
o pelo dos bichos
dizendo o nome deles, em sua própria
língua? Elefante, sou eu
dromedário, eis aqui o teu irmão?”
Trecho do poema Terei de Amar Gafanhotos, de Nuno Ramos
Publicado quarta-feira, 8 de agosto de 2012 às 9:06 am e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.