Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei…

“Abracemos, portanto, e amemos a velhice, pois ela não precisa ser desprovida de prazeres. Os frutos são deliciosos quando maduros e os que apreciam o vinho deleitam-se mais com a última taça, a que satisfaz plenamente e põe um fim à bebedeira. (…) [Na velhice,] o fato de não mais se desejar o prazer acaba sendo o prazer supremo. Como é aliviante ter se cansado dos desejos ou então abandoná-los! ‘Mas incomoda’, dizes, ‘ter a morte em vista.’ Em primeiro lugar, ela não está sempre presente, quer para o velho quer para o jovem? Depois, ninguém é tão velho que não possa reivindicar para si mais um dia.”

Trecho de Sobre a Velhice, carta do filósofo Sêneca ao amigo Lucílio
O título do post remete à canção Esses Moços (Pobres Moços), de Lupicínio Rodrigues

Nenhum Comentário para “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei…”

  1. @tatidyas disse:

    Grande Sêneca!
    Eu no alto do meu 1/4 de século já posso concordar com o que ele diz.
    Às vezes sinto-me deslocada.
    Parece que já aprendi o que as pessoas levam uma vida toda para aprender.
    E agora? O que faço com o resto de vida que me cabe?

Deixe um comentário

Contato | Bio | Blog | Reportagens | Entrevistas | Perfis | Artigos | Minha Primeira Vez | Confessionário | Máscara | Livros

Webmaster: Igor Queiroz