Agir sem agir
“Três meses depois de entrar no convento, enfrentei uma crise terrível. Achei que havia perdido a fé e resolvi largar tudo. Fui comunicar a decisão ao meu confessor, frei Martinho Penido Burnier. E ele me disse uma frase decisiva: ‘Betto, responde uma coisa – caso você se encontrasse à noite numa floresta e a pilha de sua lanterna acabasse, como você se comportaria? Seguiria andando no escuro ou esperaria amanhecer?’ Eu respondi: ‘Lógico que esperaria amanhecer’. Ele continuou: ‘Então espere amanhecer’.”
E se não houver amanhecer?