Nem mesmo o ar nos iguala?

“Enquanto esperamos que uma revolução tecnológica nos forneça energia limpa e sustentável, relutamos em modificar hábitos. Desejamos potência 4×4 para nos mover a uma velocidade inferior à dos bandeirantes, que nos ultrapassariam montados em seus muares, por estarmos presos em congestionamentos intermináveis. A compra de ilusão veicular tem um preço ético insustentável, visto que os efeitos da deterioração ambiental serão sentidos com maior intensidade nas populações carentes e que menos consomem energia. A dose de poluentes inalada será muitas vezes maior entre aqueles que se apinham em pontos de ônibus em comparação aos que se protegem no interior de carros com ar condicionado.”

Trecho do artigo Filme do futuro, de Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP

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