“Me chamo Julinho da Adelaide porque todo mundo só me chama assim lá no morro, entende? Minha mãe é mais famosa do que eu lá no Rio. Ainda é. Minha mãe é séria! Minha mãe, vou te contar o que ela fez. Minha mãe estava no primeiro elenco do Orfeu Negro. Foi amiga íntima de Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Oscar Niemeyer. Fazia o cenário do Oscar Niemeyer. Fazia o cenário do Orfeu no Municipal. Ela conheceu intimamente o Oscar Niemeyer. Tanto é que há cinco, seis anos a gente morava ali na Favela da Rocinha, quando começaram a erguer o Hotel Nacional. Ela me dizia: ‘Tá vendo, filho? Tá vendo, Julinho? Homenagem do Oscar para mim’.”
Trecho da entrevista que o compositor Julinho da Adelaide deu a Mario Prata em 1974. Julinho era a identidade secreta de Chico Buarque, que assinava canções com o pseudônimo na esperança de driblar a censura
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012 às 11:57 am e categorizado como Blog.
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Um mimo
“Me chamo Julinho da Adelaide porque todo mundo só me chama assim lá no morro, entende? Minha mãe é mais famosa do que eu lá no Rio. Ainda é. Minha mãe é séria! Minha mãe, vou te contar o que ela fez. Minha mãe estava no primeiro elenco do Orfeu Negro. Foi amiga íntima de Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Oscar Niemeyer. Fazia o cenário do Oscar Niemeyer. Fazia o cenário do Orfeu no Municipal. Ela conheceu intimamente o Oscar Niemeyer. Tanto é que há cinco, seis anos a gente morava ali na Favela da Rocinha, quando começaram a erguer o Hotel Nacional. Ela me dizia: ‘Tá vendo, filho? Tá vendo, Julinho? Homenagem do Oscar para mim’.”
Trecho da entrevista que o compositor Julinho da Adelaide deu a Mario Prata em 1974. Julinho era a identidade secreta de Chico Buarque, que assinava canções com o pseudônimo na esperança de driblar a censura
Publicado quinta-feira, 16 de agosto de 2012 às 11:57 am e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.