– Uau! Quantos livros você tem! Como faz para organizá-los?
– Deixo tudo nas mãos do Ocaso.
– E para localizá-los?
– Deixo tudo nas mãos da Sorte.
– Uau! Quantos livros você tem! Como faz para organizá-los?
– Deixo tudo nas mãos do Ocaso.
– E para localizá-los?
– Deixo tudo nas mãos da Sorte.
“O que é o bloqueio de um escritor? Não a simples incapacidade de escrever, mas sim de escrever segundo sua verdade mais profunda: conectando sua imaginação com o centro escuro de uma personalidade que exige emergir sob a forma de relato. Libera-me ou te devoro.”
“Viver é ciência.
Morrer é filosofia.
O que sobra é arte.”
Pensou tanto no futuro que não percebeu quando o futuro chegou.
“Mal consegui dormir pensando nisso, e não é ironia. Por que não me tornei um economista neoliberal? Por que não prego aos quatro cantos menos e menos serviços públicos e mais e mais serviços privados? Aí analisei de forma rasa e rápida minha trajetória. Ao longo da minha vida, sempre dependi dos serviços públicos: em saúde, em educação, em transporte etc. E cursei uma boa universidade com bolsa concedida por um programa do governo. Sendo assim, iria trair minha origem se, depois de cursar economia na PUC com bolsa, eu começasse a impor menos Estado na vida de quem não tem $$$. Se eu tivesse nascido em uma família de posses $$$, seria simples me tornar um neoliberal e fácil dizer que o Estado tem de cortar gastos sociais. Então, no máximo, acho que os governos precisam ser mais eficientes e oferecer serviços de qualidade para o cidadão. O fim do Estado e dos gastos sociais, jamais!”
– Feliz aniversário!
– Aniversário?
– Ué, errei a data?
– Errou o termo, meu bem. Não faço aniversário. Eu reestreio!
“Para viver em estado de poesia
Me entranharia nestes sertões de você
Para deixar a vida que eu vivia
De cigania, antes de te conhecer
De enganos livres, que eu tinha porque queria
Por não saber que mais dia, menos dia
Eu todo me encantaria pelo todo do teu ser
Para misturar meia-noite, meio-dia
E, enfim, saber que cantaria a cantoria
Que há tanto tempo queria
A canção do bem querer
É belo, vês, o amor sem anestesia
Dói de bom, arde de doce
Queima, acalma
Mata, cria
Chega tem vez que a pessoa que enamora
Se pega e chora do que ontem mesmo ria
Chega tem hora que ri de dentro pra fora
Não fica nem vai embora
É o estado de poesia”
Por que teimais em vivenciar vossos excessos como se fossem carências?
“Na Amazon, os trabalhadores são encorajados a destruir as ideias uns dos outros em reuniões, a trabalhar muito e até tarde (e-mails chegam depois da meia-noite, seguidos por mensagens perguntando por que eles ainda não foram respondidos). E se veem submetidos a padrões que a companhia se vangloria de serem ‘absurdamente altos’. A lista interna de telefones instrui colegas sobre como transmitir informações secretamente aos chefes uns dos outros. Empregados da companhia dizem que esse recurso é frequentemente usado para sabotar colegas. A ferramenta oferece exemplos de mensagens, como: ‘a inflexibilidade dele me preocupa, assim como suas queixas escancaradas sobre tarefas menores’.
Enquanto a empresa testa entregas por drones (aeronaves de pilotagem remota) e maneiras de reabastecer o papel higiênico de um banheiro com o simples apertar de um botão, ela está conduzindo uma experiência pouco conhecida sobre até onde pode pressionar seus quadros executivos e redefinindo as fronteiras do que é aceitável. A companhia, fundada e ainda dirigida por Jeff Bezos, rejeita muitas das platitudes de gestão que outras empresas ao menos fingem respeitar e, em lugar disso, criou o que muitos de seus funcionários definem como uma complicada máquina cuja função é levá-los a realizar as ambições cada vez mais amplas de Bezos. Muitos dos novatos que chegam para sua primeira segunda-feira podem não ser encontrados na empresa poucos anos mais tarde. Os vencedores na Amazon (…) acumulam pequenas fortunas com as ações da companhia, em constante alta, que recebem como prêmio. Os perdedores deixam a empresa ou são demitidos em rodadas anuais de limpeza de quadros — ‘darwinismo propositado’, como diz uma antiga diretora de recursos humanos da Amazon. Alguns trabalhadores que enfrentaram cânceres, abortos involuntários e outras crises pessoais dizem ter sido tratados injustamente ou forçados a sair antes que tivessem tempo de se recuperar.
‘Essa é uma companhia que se esforça por realizar coisas grandes, inovadoras e históricas, e realizá-las não é fácil’, diz Susan Harker, importante executiva de recrutamento de pessoal da Amazon. ‘Quando você está tentando ir muito longe, a natureza do trabalho é realmente desafiadora. Para algumas pessoas, a experiência não dá certo.’ Bo Olson foi uma dessas pessoas. Ele durou menos de dois anos no departamento de marketing de livros e disse que a imagem que perdura, de sua passagem pela companhia, é a de ver pessoas chorando no escritório — cena descrita também por outros funcionários. ‘Você sai de uma sala de reuniões e vê um homem adulto escondendo o rosto’, ele disse. ‘Vi quase todas as pessoas com quem trabalhei chorando em suas mesas.'”
Webmaster: Igor Queiroz