Arquivo de maio de 2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Parente da serpente

“- Você e o Tim Maia brigavam?
– Não, mas imagine: o Tim com a personalidade dele e eu com a minha. Quando eu era muito pequeno, ele ficava impressionado. Com 5 anos ganhei um concurso de bateria. E quando começou a pintar o meu grupo Conexão Japeri, ele ficou enciumado e começou a falar mal de mim nos jornais, até que eu parei de falar com ele. Dizia que eu tinha muito que aprender. Quando ele ligava lá para casa, dizia (imitando a voz de Tim): ‘Americano, chama tua mãe aí porque antes de ela ser tua mãe ela é minha irmã, babaca!’ (risos). E tinha o negócio do jazz, que ele detestava. O telefone tocava e ele mandava: ‘Por que esse negócio de jazz, merrmão? Merrrmão, tu vai morrer de fome com esse negócio!’. E quando eu, pequeno, ia perguntar se ele tinha visto mesmo o Sly and Family Stone nos Estados Unidos, ele dizia: ‘Merrrmão, tu vai ser jornalista. Sabe por quê? Porque tu é muito chato!’.”

Do cantor Ed Motta, durante entrevista ao repórter Julio Maria

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Nós, lusófonos e banguelas

“De todos os escritores húngaros que eu conhecia, Desidério Kosztolányi era o único que se aventurara a abordar o estudo do português. Certa vez falou-me nesta língua, que lhe parecia alegre e doce como um idioma de passarinhos. A mim, sob seu aspecto escrito, dava-me antes a impressão de um latim falado por crianças ou velhos, de qualquer maneira gente que não tivesse dentes. Se os tivesse, como haveria perdido tantas consoantes? E olhava espantado para palavras como lua, dor, pessoa, veia, procurando apanhar o que nelas restava das palavras latinas, cheias e sonoras.”

Trecho de Como Aprendi o Português e Outras Aventuras, livro memorialístico do tradutor húngaro Paulo Rónai

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Versace pra quê, bebê?

“Baby-doll de nylon combina com você
Pode até ir pro baile ou aparecer na tevê
Feliz quem pode ver
Feliz quem pode ter
Clara visão e o tato
O contato e o prazer
Seu corpo mulato nesse transparecer
Além de todo nylon
Você, você, você”

Letra de Baby-Doll de Nylon, canção de Caetano Veloso e Robertinho do Recife
Interpretada por Robertinho em 1983 e, numa versão mais atual, por Karine Alexandrino
Dica de Naiah Mendonça 


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mães são o Sol?

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Vendo carro popular com ar-condicionado. Alguém?

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O pior dos médicos é o especialista em jogos de palavras?

– Doutor, tudo de que gosto engorda! Pizza engorda, chocolate engorda, refrigerante engorda… Não aguento mais!
– Desculpe, mas pizza não engorda, chocolate não engorda e refrigerante também não. Quem engorda é você!

A partir de Semântica, texto de Olívia Lima 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Guerra sem fim

“O honesto leitor, pacato espectador do Jornal Nacional, está informado de que, em maio de 2006, em retaliação aos crimes do PCC, 493 pessoas (algumas sem antecedentes criminais) foram assassinadas pela polícia de São Paulo, e os corpos de muitos delas continuam desaparecidos? Sabe que seus familiares ainda são ameaçados quando tentam localizar os corpos? Está informado de que, só no ano de 2008, o número de homicídios cometidos por policiais em confrontos no Estado de São Paulo – 397, segundo a ONG Human Rights Watch – é superior ao total de assassinatos cometidos por policiais na África do Sul?”

Trecho de Infelicidades ordinárias, artigo de Maria Rita Kehl e Paulo Fernando Pereira de Souza 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Charme escultural

“Assim como você, Luana, também acredito que todos temos a nossa melhor versão e precisamos incentivá-la, mas o que se vê em geral é a tentativa de obrigar todas as mulheres ao mesmo padrão. Fazê-las correr obrigatoriamente atrás do cabelo chapinhado, das pernas musculosas e dos peitos com a centimetragem de uma bomba que vai daqui até o pé da página, mas apontando para o alto, claro, prestes a estourar nos olhos do freguês. Há quem dê preferência, mas existem homens com desejos mais sutis. (…) Qual de nós, diante daquele sorriso maliciosamente desengonçado, pediria, antes de se apaixonar, para avaliar, se duro ou com estrias, o bumbum da Diane Keaton?”

Trecho do artigo Luana Piovani não gostou, de Joaquim Ferreira dos Santos  

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma mulher, uma cama, um par de algemas…

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Fertilização in loco

Reprodução assistida é coisa de voyeur?

A partir de um quadrinho de Adão Iturrusgarai
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