Arquivo de maio de 2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vale a pena ver de novo?

“só existe
uma gioconda
uma estrela
não cai
duas vezes
no mesmo
céu
não se pega
duas vezes
a mesma
onda
no fim
do arco-íris
só há
um pote
de mel
mas quem
sofre
de paixão
interpreta
sempre
o mesmo
papel
procurando
em vão
uma saída
como
se a vida
não fosse
enfim
um filme
de buñuel”

Não Tem Reprise, poema de Paulo César de Carvalho

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Mesmo o ímpar quer par?

“Sou igual
A todo mundo
Neste mundo
Sem lugar
Ando pelo lado
Ímpar
Procurando
Par”

Trecho de Sambinha, canção de Peri Pane e arrudA
Para ouvi-la, na voz de Peri Pane, clique aqui

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Por que os filmes brasileiros têm de ser mais verossímeis do que os americanos?

“Um dia, assistindo no cinema ao longa O Divã, senti o exagero e o rigor na cobrança do público em relação às produções nacionais. Lilia Cabral chega de carro no hospital pra visitar sua amiga que está no leito de morte. Ela vem dirigindo e na porta do hospital ela encontra uma vaga e estaciona. Nesse momento todo o cinema reagiu: ‘Até parece que ela ia encontrar uma vaga’. Meu Deus! O Stallone invade a União Soviética só com um cadarço de bota, um canivete e uma pinça, salva o mundo da terceira grande guerra e tudo bem, mas a Lilia Cabral achar uma vaga, aí não.”

Do humorista Fábio Porchat

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Inquietude à primeira vista

“Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.”

Poema de Paulo Mendes Campos
Dica de Bernardo Gonzaga

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sonhar já é um modo de tornar possível o impossível?

“Pensava Crisóstomo que algures na pequena vila haveria alguém à sua espera como se fosse verdadeiramente a metade de tudo o que lhe faltava. E muito pouco lhe importava o disparate, tinha nada de vergonha e sonhava tão grande que cada impedimento era apenas um pequeno atraso, nunca a desistência ou a aceitação da loucura. Pensava que quando se sonha tão grande a realidade aprende.”

Trecho de O Filho de Mil Homens, romance de Valter Hugo Mãe 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Um novo neorrealismo?

“Ideia para um Documentário de Curta-Metragem
Representantes de diversos fabricantes de produtos alimentícios tentam abrir suas próprias embalagens.”

Conto da norte-americana Lydia Davis  
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