Arquivo de outubro de 2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A fragilidade nos fortalece?

“Eu já quebrei
E vou te contar no que deu
Desesperei
Mas não chiei
Sei que valeu, ó meu
Só vaso ruim não quebra
É bom lembrar
Barro tem mais que quebrar
Só coração de pedra
Não sabe amar”

Trecho de Vaso Ruim Não Quebra, samba de Aldir Blanc e João Bosco
Interpretado por João e Cristina Buarque

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O que acontecerá de agora em diante?

HQ de Alexandra Moraes
(clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

All we need is love

 

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Como derrubar a inflação?

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Vale a pena anular o voto?

“Agora já sabemos o final da história. O filme iniciado em 6 de junho de 2013 terminou no dia 5 de outubro, com a eleição do novo Congresso. Tudo começou quando nosso herói, o jovem idealista cheio de boas intenções, foi para a rua enfrentar o velho político responsável ‘por tudo que aí está’. O público esperava ansioso por um final feliz, com a derrota do vilão. Deu tudo errado. A bancada de deputados conservadores aumentou muito: segundo cálculos do Diap, desde o fim da ditadura não se via Congresso tão reacionário. (…) Quer dizer, então, que manifestações libertárias reforçam o conservadorismo? Depende. Protestos ‘contra um’ em geral são mais eficazes que protestos ‘contra todos’: o ‘Caracazo’ na Venezuela (1989) e o ‘Cacerolazo’ na Argentina (2001) levaram ao impeachment de Carlos Andrés Pérez e à renúncia de Fernando de la Rúa. Quem tem uma meta sabe o que precisa fazer. As jornadas de 2013 tinham, a princípio, uma só bandeira: anular o aumento nas tarifas de transporte – daí seu êxito inicial. Mas, tão logo a demanda foi satisfeita, os jovens sacaram das redes sociais uma pauta desconexa: contra a Copa, a PEC 37, a homofobia, a corrupção… (…) Impregnados por esse moralismo anarquista, os manifestantes hostilizavam os ativistas de esquerda, que aceitaram a realidade prosaica do jogo democrático – as doações eleitorais, os acordos partidários, a gestão do Estado. (…) Enquanto os libertários ‘ameaçavam’ o poder com o voto nulo, uma massa silenciosa aguardava sua vez de entrar em cena – para votar no policial que reprimia os baderneiros, no pastor que ofendia os homossexuais, no ruralista que atacava os comunistas. Nossos reacionários não fazem poeira: fazem política. Eles sabem que os manifestantes passam, mas os deputados ficam.”

Trecho de A poeira das manifestações, artigo de Mauricio Puls  

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Não é absurdo que pessoas do mesmo credo se casem?

“Bancada gay lança projeto de lei para proibir casamento de evangélicos.”

Manchete do Sensacionalista, site de humor

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Merecemos todos uma indenização?

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Em que ponto me encontro?

“Eu contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Então, já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero reuniões em que desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos cobiçando o lugar de quem eles admiram.
Já não tenho tempo para conversas inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas idosas, mas ainda imaturas.
Detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas rótulos.
Quero viver ao lado de gente que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
Apenas o essencial faz a vida valer a pena.
E, para mim, basta o essencial.”

Adaptação do poema Tempo que Foge!, de Ricardo Gondim
Recitada por Antonio Abujamra

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

De onde se origina a artilharia pesada que marca a corrida presidencial?

“Por toda parte espanto, ou simulação, e críticas ao que chamam de ataques e ondas de ódio. Como se isso brotasse do nada e não seja conhecido já há 2 séculos como…luta de classes! Não é demais recordar história e relações entre poderosos e vassalos no Brasil. Em 1500, o Brasil tinha estimados 5 milhões de índios. Hoje tem 890 mil. Em 350 anos, 4/5 da história, 4 milhões de humanos aqui viveram como escravos. Moldou-se assim a cultura da Casa Grande e da Senzala. Do Senhor e do servo. (…) Como espantar-se, então, com o ódio na linguagem num país de 50 mil homicídios/ano? País que assistiu ao assassinato de 1 milhão e 300 mil pessoas nos últimos 33 anos. A enorme maioria dos assassinados, jovens pobres, tantas vezes negros. Como não supor que, ao longo de séculos, se acumulariam recalques e ressentimentos de quem pouco ou nada tem? Estranho não é que, em seus fortins ou comunidades, as classes lutem, movidas por seus interesses ou purgando frustrações. Incomum, na história do mundo, não é quem está abaixo na escala social ressentir-se, invejar quem está acima. Incomum, e estranho, é os que tudo ou muito possuem temerem, até mesmo odiarem, os que nas duas últimas décadas subiram alguns degraus desde a miséria. Quem vencer no domingo encontrará o Brasil dividido, dividido por sua secular história de desigualdade.”
Trecho de Oh, que espanto! O Brasil tem ódio e luta de classes, artigo de Bob Fernandes

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os que não estão comigo estão contra mim?

“Ganhe Dilma Rousseff, ganhe Aécio Neves, o novo presidente terá conquistado apenas metade do eleitorado brasileiro, ou seja, ficará à frente de um país dividido por discursos maniqueístas, que colocaram de um lado ‘pobres’, de outro, ‘ricos’; de um lado ‘sul-sudeste’, de outro, ‘nordeste’; de um lado ‘esclarecidos’, de outro, ‘ignorantes’: reduzindo a vida da nação a uma luta de tribos que se odeiam. Democracia é o regime que busca administrar os interesses divergentes da sociedade e, para isso, vale-se da negociação entre as partes. O que vimos, no entanto, nos últimos meses, foram candidatos surdos orquestrando seguidores intolerantes, que, imbuídos de fé messiânica, carregam a Verdade (com vê maiúsculo) em estandartes, transportando perigosamente para o campo da política procedimentos típicos de torcidas de futebol, ou, pior ainda, emulando simulacros de facções religiosas, que se alimentam de ódio e ressentimento. Nesse meio tempo, amizades foram desfeitas, amores chegaram ao fim, famílias se tornaram reféns do rancor. (…) Nós, brasileiros, confundimos adversário com inimigo. Talvez possamos atribuir essa incompreensão à nossa história política, uma sucessão de golpes de estado e ditaduras totalitárias, que moldaram o caráter nacional. Por mais que desempenhemos no dia a dia um papel de homens e mulheres cordiais, somos na essência autoritários – basta que nossa opinião seja contrariada para deixarmos cair a máscara da nossa simpatia e vestirmos o uniforme da intransigência.”

Trecho de A tirania do pensamento único, artigo do romancista Luiz Ruffato 
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