Arquivo de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Não existe retorno?

“Voltar quase sempre é partir para um outro lugar”

Nome do show que Paulinho da Viola deverá lançar em 2014, quando comemora 50 anos de carreira

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Até que o tempo nos traia

Do tumblr Eu me Chamo Antônio

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Não se fazem mais solidões como antigamente?

Quadrinho de Caco Galhardo
(clique na imagem quando quiser ampliá-la)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Melhor ter um barco ou o know-how para construir um barco?

“- Há um tempo o senhor vendeu seu barco Paratii a um rapaz que participou de uma expedição à Antártida. Não se arrependeu?
– No mundo dos viajantes de barco, é interessante ver como esse desapego é praticado. Às vezes, você passa a vida para fazer um barco, uma viagem, e, de repente, por um descuido de 30 segundos, você perde. Tem que começar tudo de novo. Meu pai passou isso para nós. Tinha absoluto conforto em jogar fora a casa. Às vezes, perdia tudo e não tinha o menor remorso. Dizia que casa se constrói outra se tiver dinheiro. Entendi isso depois que fui ao Líbano durante a guerra. O importante não é o que se possui, mas o que se sabe fazer.”

Do navegador Amyr Klink, entrevistado pelo jornal Valor

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

De carne, osso e nada mais

“O Jesus da história era um judeu pregando o judaísmo para outros judeus. O Cristo da fé, aquele que lemos nos Evangelhos e na teologia cristã, é alguém divorciado do judaísmo, alguém pregando uma nova fé, uma nova religião. Jesus proclamava-se o messias, mas, quando dizia isso, se referia ao messias do judaísmo. Se Jesus de fato pensasse ser o Deus encarnado, teria sido o primeiro judeu da história a pensar assim. Porque o conceito de um homem divino viola 5 mil anos de história, tradição e religião judaicas. Isso quer dizer que é impossível que Jesus se considerasse um Deus encarnado? Não. Só não é plausível. Sobram duas opções: Jesus nunca disse isso e era como todas as outras centenas de messias de seu tempo. Ou então Jesus acreditava nisso e era absolutamente único, diferente de todos os judeus que vieram antes ou depois dele. Como historiador, acredito que Jesus era como todos os outros messias de seu tempo e nunca disse ser o Deus encarnado do Novo Testamento.”

Do historiador iraniano-americano Reza Aslan, autor do livro Zelota – A Vida e a Época de Jesus de Nazaré

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Merecemos merecer tanto?

“A evolução fez de nós animais que têm como valor máximo a própria sobrevivência e prosperidade. As últimas décadas, e principalmente os últimos anos, nos catapultaram a um nível de solipsismo sem precedentes. A publicidade decreta que o consumo nos define. A educação garante desde o berço que cada um de nós é único, especial, precioso. As novas possibilidades de customização da manufatura enganam. A personalização dos produtos e serviços hipnotiza. A revolução digital turbina nossa convicção – o universo existe para me servir. A internet móvel é um passo além. Cada smartphone carrega um mix inteiramente pessoal de aplicativos, músicas, fotos, mapas. Tudo à nossa volta parece dizer: o mundo se adapta a você. O centro do mundo é você. Você merece. Você merece mais. Você tem todo direito de fazer o que quer, como quer, dizer o que quer e não ouvir o que não quer.”

Trecho de O triunfo do Merecismo, artigo de André Forastieri 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Legítima defesa?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Shit happensis?


O Diário Oficial de Alagoas publicou hoje, por engano, um texto que remete à linguagem do Mussum.
Entenda o que aconteceu acessando este link. Para ampliar o texto errado, clique sobre a imagem

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cardiologia

Contra problemas no coração, um amor que não prescreve?

domingo, 1 de dezembro de 2013

A moça da vitrine

Quanto valem o show e as palavras de Lorena?

Mal saiu do recinto soturno onde nos encontrávamos (“a sala da administração”, nas palavras do bigodinho), a mulata subiu alguns lances de escadas até alcançar o pavimento em que 16 cabines enfileiradas, todas minúsculas, compõem um semicírculo. Fui atrás – e finalmente pude vê-la em trajes profissionais: uma lingerie vermelha quase microscópica, meias sete oitavos rendadas, um scarpin dourado e dois piercings atravessando-lhe o umbigo.
No subsolo, no térreo e no primeiro andar do antigo edifício, ironicamente vizinho de uma igreja católica, funciona o Miami, único peep show do Rio de Janeiro e talvez do país. O nome em inglês é autoexplicativo. Peep significa olhadela. Trata-se, portanto, de um estabelecimento destinado às práticas ancestrais do voyeurismo e da masturbação. Entre segunda e sexta-feira, das 11h30 às 21h20, Lorena e mais 14 mulheres (Lili, Manu, Sheila, Tayná…) fazem strip-tease diante de homens que se acomodam nas 16 cabines privativas. Doze contam com uma janela envidraçada, de onde se avista um mesmo palquinho giratório. Em cada um dos outros quatro cubículos, a janela dá para uma vitrine exclusiva. Fechado nas cabines, o cavalheiro não consegue tocar as damas. Mas pode espiá-las e ouvi-las à medida que dançam, acariciam-se e tiram as diminutas roupas em cima do palquinho ou dentro das vitrines. Quanto mais o voyeur desembolsar, por mais tempo apreciará as coreografias sinuosas e, não raro, desajeitadas. Um minuto divisando o palquinho custa R$ 1,50. Vinte minutos em frente às vitrines consomem R$ 75,00 – justamente o que topei gastar para prosseguir o papo com Lorena.
A niteroiense de 33 anos é stripper desde fevereiro de 2009 e mora numa favela não pacificada da zona norte carioca, a Furquim Mendes. Nunca cogitara se despir em público antes de o Miami a contratar. Quando tomou conhecimento do peep show, vendia artigos de natação no Shopping Leblon e estudava pedagogia à noite. Passava o dia inteiro de pé. Preferiu abandonar a faculdade e aceitar o novo emprego não apenas porque ganharia melhor (com registro em carteira como bailarina), mas igualmente pela possibilidade de descansar, “sentadinha da silva”, entre uma exibição e outra. De início, mal encarava os espectadores, morta de vergonha. Caso notasse que iriam se masturbar, virava de costas. Hoje, bem mais solta, presta atenção em todos os gestos masculinos e diz que, na maioria das vezes, não se sente constrangida nem explorada. Pelo contrário: diverte-se muito. “Vejo cada coisa…” Certa ocasião, um marmanjo livrou-se do terno durante a performance dela, revelando trajar calcinha e sutiã. A stripper manteve a fleuma, e o crossdresser acabou por lhe ofertar as peças íntimas.
O trecho pago de nossa conversa ocorreu numa das cabines, com Lorena seminua. Inevitável constatar que a jovem de 1m74 estava gordinha. “Estou mesmo. Peso agora 76 quilos. É que os clientes gostam assim – e meu marido também…” Ele, um mototaxista, só engoliu a profissão da mulher após reclamar bastante e sob duas condições: a parceira não pode lhe contar nada do que vivencia ao longo do expediente e deve testar no quarto do casal as lingeries que usará em cena.
(revista VIP)

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