O grupo político dos Sarney _que acaba de perder o governo do Maranhão, mas não deve largar o osso com facilidade_ imperou durante cinco décadas. No período, o Estado se manteve como um dos mais pobres do país. Para ter ideia do estrago que a oligarquia fez por lá, basta uma informação: hoje, segundo o IBGE, apenas 13,2% das casas maranhenses estão ligadas à rede de esgoto.
“A Terra é praticamente um sistema fechado – a matéria que existe aqui não escapa naturalmente para o espaço sideral. Logo, podemos concluir que todos os átomos existentes no planeta estiveram aqui desde o início, e circularam ao longo das eras por incontáveis ciclos químicos e biológicos. Isto quer dizer que os elementos que hoje compõem nossos corpos podem, perfeitamente, ter feito parte de um tiranossauro rex no passado, ou de uma árvore, uma pedra, ou até mesmo de outros seres humanos.”
“Teu coração, Guiomar,
Terá quarto pra alugar?
Será que não vai vagar
Pro mês ou mesmo pro ano?
Te dou carta de fiança,
Contrato,
Desconto em folha
E, pra maior segurança,
Eu levo pra fiador
Esse desejo que eu tenho
De me tornar teu amor.”
“Encontrei uns caras dissidentes à direita da TFP no bairro da Liberdade. Vestiam roupas combinando azul e dourado. Um deles tocava gaita de foles. Distribuíam folhetos contra a Bienal de Arte de São Paulo. Resolvi provocar:
– Vocês são escoteiros?
– Não, senhor, somos do IPCO, Instituto Plínio Corrêa de Oliveira.
– PCO? Da Causa Operária? Vocês são comunistas?
– Não, senhor, somos do IPCO, estamos denunciando a Bienal de Arte.
– Não são do PCO e não são escoteiros… Mas vocês fazem acampamentos, não fazem?
– Sim, fazemos, todos os anos.
– Nas florestas? Tem festas nesses acampamentos?
– Não, senhor, não tem festas.
– Pô, se não tem festa, não quero ir.
– É…
– Por que vocês distribuem isso, falando do Cristo sodomita?
– É justamente isso que estamos denunciando. É a blasfêmia.
– Eu não acho blasfêmia. Acho bem legal.
– O senhor já foi à Bienal?
– Fui (menti). Gostei muito. Tem certeza de que vocês não são escoteiros?
Enquanto conversávamos, um outro rapaz tocava gaita de foles. O primeiro escoteiro desistiu, chegou o segundo. Perguntei:
– Por que gaita de foles?
– Temos uma banda, mas a gaita chama mais a atenção.
– Eu achei esquisito.
– Viu? Chamou a atenção.
– Por que vocês não usam instrumentos indígenas. Ou flautas bolivianas?
– (Tempo.) É que não apareceu ninguém que toque. Mas quando tiver, a gente vai usar.
– E tambores africanos? Por que não usam tambores africanos?
Recebo um olhar de espanto, como se tivesse invocado o demônio ele mesmo.
Finalmente, o sujeito percebe que estou brincando. Não sorri, não se irrita. Vira e vai distribuir o panfleto para alguém mais distraído. Segui em frente, pensando: como é que tem gente que ainda cai nessa de escotismo?”
“- Meu filho, por que você não aparece na minha igreja?
– Ora, padre, porque lá é só o senhor quem bebe.”
“Você conhece tudo
Você só não se conhece”
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