sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Que estais no chão?


Trabalho do ilustrador Orlando Pedroso

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Revoada

Mãos que dizem adeus são pássaros migrando para a morte?

A partir de um poema de Mario Quintana

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sorria, você está sendo controlado

“O que acho das utopias? Na verdade, penso mais nas distopias, num mundo que se transforma em pesadelo. Por exemplo: no futuro, é bem possível que todas as medidas de segurança que temos hoje e de que não gostamos, como quando viajamos de avião e precisamos ser revistados, tirar os sapatos, essas coisas, creio que esse tipo de segurança só vai aumentar. As pessoas vão ver com nostalgia os tempos atuais como um tempo de segurança muito branda. Quem sabe? Acho que o futuro vai ter muito mais aparelhos eletrônicos para fiscalização. As pessoas podem até decidir implantar algo no corpo, um chip eletrônico para determinados tipos de revista de segurança. Então se você tem um chip, ele abre automaticamente as portas para você. Vai começar com os ricos. Eles vão achar vantajoso ter esse chip: o implante diz quem eles são e por que estão fazendo isso, não precisam ser interrogados, enquanto as pessoas comuns ainda precisariam ser interrogadas e humilhadas. O chip vai ser uma vantagem, então todo mundo vai querer um.”

Do cartunista Robert Crumb, em entrevista ao curador Hans Ulrich Obrist

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A atração irresistível do navio pelo iceberg

A sina do fogo é soprar cinzas. Nossa sina é sobrar nas cinzas.
Sou capaz de aniquilar um amor
apenas para ver o que repousa em seu fundo?

A partir de um poema sem título de Fabricio Carpinejar

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Conselheiro sentimental

Apaixonou-se pela Times New Roman? Declare-se.

Eu acho você mais perfeita que a Helvetica.
Via The Voice that Said (Flickr)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O que explica um casal?

“Amei muito ir ao cinema segurando a mão de Jacques. Não era desejo. Era só ir
ao cinema segurando a mão.”

Da cineasta Agnès Varda sobre o marido, o também cineasta Jacques Demy, com quem
esteve casada por 28 anos

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nunca mais?

“Menina, ocê se alembra
do tempo que nóis se amava?
Dois amor igual a nóis
no mundo nóis não achava.
Não tinha dia de semana
sem lhe ver eu não passava.
Fosse na hora que fosse
querendo eu lhe visitava.
Eu chegava em vossa casa
no vosso colo eu me deitava.
(…)
Quando eu tava aborrecido
meu amor me consolava.
Carinho é coisa gostosa
alegre eu logo ficava.
Os desgosto ia se embora
tristeza lá não morava.
Quando chegava a noitinha
em qualquer parte eu pousava.
No meio dos arvoredo
a minha rede amarrava.
Deitado na minha rede
meu amor me agasalhava.
Sereno da madrugada,
caindo não me molhava.”

Trecho de Recordação, moda de viola composta por Renato Torres

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Multiculturalismo

“Por que curso de capoeira em Cingapura?”

Do senador Arthur Virgílio ao analisar uma lista dos cursos no exterior pagos a funcionários do Senado com dinheiro público

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dá cadeia?

“Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isso. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixo calão. Não merecem o mínimo respeito.”

Trecho da crônica O Gigolô das Palavras, de Luis Fernando Verissimo

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Recorrer a neologismos é um gesto de covardia?

“Gertrude Stein tentou um pouco inventar palavras, mas logo desistiu. A língua inglesa era o seu instrumento e com a língua inglesa a tarefa tinha de ser enfrentada e cumprida, o problema solucionado. O uso de palavras fabricadas a ofendia, era uma fuga para um emocionalismo imitativo.”

Trecho de A Autobiografia de Alice B. Toklas, escrita pela norte-americana Gertrude Stein

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