“Veiu uns ômi di saia preta
cheiu di caixinha e pó branco
qui eles disserum qui chamava açucri
aí eles falarum e nós fechamu a cara
depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo
aí eles insistirum e nós comemu eles.”
Poema Papo de Índio, de Chacal
“Veiu uns ômi di saia preta
cheiu di caixinha e pó branco
qui eles disserum qui chamava açucri
aí eles falarum e nós fechamu a cara
depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo
aí eles insistirum e nós comemu eles.”
Poema Papo de Índio, de Chacal
É assim que os mortos nos dão notícias?
Trabalho do artista norueguês Rune Guneriussen
Dica de Kátia Lessa
“Um famoso hino alemão oriental dizia que ‘o Partido sempre está certo’. Tal secularização do pensamento religioso constitui o ápice do irracionalismo e acabou por produzir incalculável sofrimento. As terríveis experiências do século 20 apenas confirmam empiricamente algo que, por direito, já se sabe desde o iluminismo: nem a igreja, nem a Bíblia, nem o partido, nem o líder genial, nem as massas, nem ninguém é capaz de sempre estar certo. Nada está acima de ser criticado. Por isso, a sociedade aberta, os direitos humanos, a livre expressão do pensamento, a maximização da liberdade individual compatível com a existência da sociedade, a autonomia da arte e da ciência etc. são exigências inegociáveis da crítica, isto é, da razão.”
Trecho do artigo A ressurreição do apóstolo Paulo, de Antonio Cicero
Assymetric Endeavour, obra da artista grega Lillian Lykiardopoulou
Dica de Bruno Moreschi
“No inconsciente, o homem possui dois motivos para temer a mulher. O mais recente em termos de desenvolvimento é justamente a castração, cujo terror lhe é evocado pela visão do genital feminino. O outro motivo do temor que a mulher inspira no homem é mais arcaico e não é o medo da castração e sim o medo da aniquilação, da morte. Tal medo decorre de vivências muito precoces adquiridas pela criança no contato com uma mãe imaginada como detentora de um poder absoluto, arbitrário e imprevisível, ao qual o bebê está completamente exposto em seu desamparo. É uma ímago terrorífica da mãe, a mãe má, o seio mau de Melanie Klein, a mãe-bruxa, aquela que povoa o ‘terrível reino das mães’ na acepção de Goethe no Fausto, expressão cuja pertinência não passou desapercebida a Freud.”
Trecho do artigo O caos no ‘terrível reino das mães’, do psicanalista Sérgio Telles
“A Rio 2016 é uma vitória da América do Sul, como diz o ex-jogador de vôlei Tande? Sem dúvida. Imagine só a alegria dos argentinos com a conquista brasileira. Dizem até que Maradona voltou a sorrir…”
Do humorista Tutty Vasques
Performances do Pilobolus, grupo de dança norte-americano
Descobre-se um amor
na iminência de perdê-lo.
Trecho de um poema sem título de Fabricio Carpinejar
O lápis do tempo é tão obstinado quanto impreciso _coloca-nos rugas em torno da boca, como contrapesos de um sorriso.
A partir da canção Tempo e Artista, de Chico Buarque
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