sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fim de caso

– Fomos felizes algumas vezes, não?
– Talvez o melhor seja dizer que, algumas vezes, nós não fomos tristes.

A partir da peça In on It, de Daniel Macivor

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Falsa promessa?

Pra sonhar por quase nada
não vou mais sofrer.
Já peguei tanto desvio até chegar aqui
mas de mim mesmo nunca me perdi.
Não vai ser por uma estrela
um vão perfume, um bem querer
nem por mais um vagalume
que eu vou me perder

A partir de Qualquer Caminho, canção de Edu Lobo e Paulo César Pinheiro

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E nós, por que precisamos crescer?

“São famosas as fotos de bonobos, uma espécie de macaco de índole pacífica, fazendo sexo em várias posições _coisa que eles praticam mesmo sem fins reprodutivos, apenas para criar laços afetivos. Um novo estudo tenta explicar por que esses animais altamente sociáveis, apelidados de ‘macacos hippies’, são tão dóceis, ao contrário dos seus primos, os chimpanzés, mais agressivos. A ideia é que, de certo modo, os bonobos nunca se tornam adultos. Quem propõe a hipótese é Victoria Wobber, especialista em comportamento animal da Universidade Harvard, dos EUA. A infância dos primatas tem, em geral, como característica o gosto por brincadeiras e diversão. Conforme amadurecem, animais como o chimpanzé se tornam menos sociais, mais individualistas, mesquinhos e agressivos. Wobber levantou a hipótese de que talvez bonobos nunca cheguem a essa fase.”

Trecho da reportagem Biologia explica psicologia de macaco africano “hippie”, do jornalista Ricardo Mioto

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tristeza também contagia?

Isac já não sabe
se a dor que tem
é sua ou de outro alguém.

A partir de Outro Alguém, samba de Rodrigo Campos

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Há justiça para os justos?

“Nas minhas investigações debaixo do sol, vi que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os inteligentes, nem o favor para os sábios: todos estão à mercê das circunstâncias e da sorte. O homem não conhece sua própria hora: semelhantes aos peixes apanhados pela rede fatal, aos passarinhos presos no laço, os homens são enlaçados no momento da calamidade que se arremessa sobre eles de súbito.”

Trecho do Eclesiastes, um dos livros da Bíblia

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Acho que já topei com esse cara…

Quadrinho de Adão Iturrusgarai
(clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rita

O que será que distrai a Rita quando, de repente, a Rita se distrai?

Pra onde vão as coisas de fora quando, no mundo de dentro, a Rita se refugia e bye?

Em que nuvens a Rita se agarra quando, nas garras do chão, a Rita tropeça e cai?

Que planeta acolhe a Rita quando, de todas as galáxias, a Rita se despede e sai?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

E qual dos dois está no comando: o de pensar ou o de não pensar?

“Eu já fui operada várias vezes
Fiz várias operações
Sou toda operada
Operei o cérebro, principalmente

Eu pensei que ia acusar
Se eu tenho alguma coisa no cérebro
Não, acusou que eu tenho cérebro
Um aparelho que pensa bem pensado
Que pensa positivo
E que é ligado a outro que não pensa
Que não é capaz de pensar nada e nem trabalhar

Eles arrancaram o que está pensando
E o que está sem pensar
E foram examinar esse aparelho de pensar e não pensar
Ligados um ao outro na minha cabeça

Estudar fora da cabeça
Funcionar em cima da mesa
Eles estudando fora da minha cabeça
Eu já estou nesse ponto de estudo, de categoria”

Trecho de Reino dos Bichos e dos Animais É o Meu Nome, livro que reúne transcrições da fala de Stela do Patrocínio (1941-1992). Diagnosticada como esquizofrênica, a carioca passou boa parte da vida em hospitais psiquiátricos. Seu discurso peculiar, com alto teor poético, foi gravado por artistas plásticos durante a década de 1980

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Reencontro com um velho amigo

– E o teu filho, como vai?
– O Daniel? Virou um rapazinho. Agora mesmo saiu em viagem pelo Chile e pela Argentina, de mochila. Barra pesada, sabe? Talvez o momento mais difícil da paternidade: quando os meninos crescem e se jogam no mundo.
– Muita preocupação?
– Não, não. O que me mata é outra coisa. À medida que o Daniel se movimenta, vou percebendo o quanto estou parado.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Chegou a hora de desmascarar o George Clooney, não?

“George Clooney bate na mãe todas as quintas-feiras. É extremamente burro. Só leu um livro até hoje e não lembra se foi O Pequeno Príncipe ou O Grande Gatsby. Nos filmes em que faz personagens mais reflexivos, contratam um dublê para as cenas dele pensando.
Foi ele que propôs a demolição da Torre Eiffel porque já era mais que evidente que não encontrariam petróleo no local. E sua sovinice é lendária. Levou nadadeiras quando visitou Veneza, para não gastar com táxi.”

Trecho da crônica O Verdadeiro George Clooney, em que Luis Fernando Verissimo propõe o óbvio: todos os homens que não são George Clooney devem se empenhar em difamá-lo, já que não podem superá-lo

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