“Muitos viciados dão o que têm e, diversas vezes, o que não têm para. então, darem a sua intimidade em troca da sua droga. E uma das categorias de vício que mais se alastra no mundo são as redes sociais. Vá aos shoppings, aos parques, às praias, aos cafés, bares e restaurantes… Ou nem precisa ir. Preste atenção no trânsito, no transporte público e até no elevador. Vai ter alguém, quando não você mesmo, interagindo em alguma rede social. Mas muitos não se consideram viciados, mesmo se dando conta de que acessam alguma rede social logo ao acordar e antes de dormir. Marcello Serpa, um dos principais publicitários do cenário mundial, recentemente fez críticas duríssimas ao que chamou do fim da mídia social. ‘O Facebook e o Youtube são como traficantes que vão dando a cocaína de graça na porta da escola para depois começar a cobrar dos viciados’, afirmou.
Durante muitos anos, o Walmart foi citado e recitado como exemplo de entendimento do consumidor. O exemplo de que as fraldas deveriam estar próximas da cerveja foi contado e recontado inúmeras vezes, já que frequentemente era o marido que comprava as fraldas. Fazia sentido, então, deixar as cervejas por perto. Mas agora, por meio de análises de posts, likes, shares e de quanto tempo o usuário olha para uma informação, cruzando com as informações do seu cadastro. o Facebook pode saber não só o nome do marido, mas também o da sua esposa e do filho ou da filha. E pode saber muito mais: seus dados demográficos e geográficos e ainda suas preferências e, cada vez mais, seus pensamentos e atitudes. O recente experimento da foto colorida [para celebrar a união homoafetiva] foi um marco na história do marketing, pois agora valida uma forma de conhecimento exato do pensamento e comportamento de cada pessoa, que tem nome, sobrenome, moradia, celular, emprego, nível escolar, renda, e-mail, entre outras dezenas, centenas ou milhares de informações. Isso é o Santo Graal para quem precisa anunciar.
Resolvido o problema do anúncio exato para a pessoa certa no momento correto, sobra o viciado em redes sociais. Muitos diriam que tudo bem, pois não têm nada a esconder. Mas esses formam o melhor público porque geram mais informações de si mesmos para serem influenciados no futuro com aquilo que são verdadeiramente. E quando olhamos o que somos realmente, vamos encontrar, lá no fundo, o nosso ego. E é justamente isso que nos vicia. Isso é uma droga…”
O mendigo negro e magérrimo caminha descalço por Copacabana. Quando avista a barraca de um camelô, interrompe a jornada e espia as quinquilharias à venda. O comerciante, fazendo cara de poucos amigos, insinua que o andarilho mexeu onde não devia. Com uma expressão altiva, o sem-teto não deixa barato:
– Você está sugerindo que roubei alguma coisa? Ficou maluco? Eu sou Deus, e Deus não rouba!
“Jovens soldados não refletem. Vão para o campo de batalha sabendo que irão viver ou morrer. Não consideram a hipótese de perder um pé, uma perna. Como todo imbecil, pensei: ou me matam, ou sobrevivo. Eles não me mataram, mas não me deixam viver.”
“Não temo a morte. Estive morto por bilhões e bilhões de anos antes de meu nascimento, e isso nunca me causou qualquer inconveniência.”
“Existem muitas coisas mais importantes do que o dinheiro. Pena que custem tão caro…”
“Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes. O que vejo, então, é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado.”
“O inferno, conhecemos: está em toda parte
e caminha sobre duas pernas.
E o paraíso?
Talvez o paraíso nada mais seja
além de um sorriso
por muito tempo esperado
e lábios
que murmuram o nosso nome.
E aquele frágil instante fabuloso
quando depressa podemos esquecer-nos
do inferno”
“Os gregos nos deram a lógica. Temos uma dívida com eles por isso. Foi Aristóteles que propôs o grande ‘logo’. ‘Você não me ama mais, logo…’. Ou ‘encontrei você na cama com outro homem, logo…’. Usamos essa palavra milhões de vezes para tomar nossas decisões mais importantes. É hora de começarmos a pagar por ela. Se formos obrigados a ceder dez euros à Grécia cada vez que usarmos a palavra ‘logo’, a crise acabará em um dia, e os gregos não precisarão vender o Partenon aos alemães. Temos no Google a tecnologia para rastrear todos esses ‘logos’. Podemos até cobrar das pessoas pelo iPhone. Sempre que Angela Merkel disser aos gregos ‘nós emprestamos todo esse dinheiro a vocês, logo vocês precisam nos pagar de volta com juros’, ela será obrigada a pagar primeiro aos gregos pelos royalties.”
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