Foto Ana Ottoni

Erasmo Carlos com a foto de quando tinha 17 anos. Desde a adolescência,
ele nunca deixou de se considerar um roqueiro
O cantor está iniciando a turnê do show Rock´n´Roll
Maria Bethânia canta o amor e o misticismo em dois novos álbuns. Numa conversa de 90 minutos com BRAVO!, critica os que a atacam por usar a Lei Rouanet e elogia a senadora Marina Silva, possível candidata à Presidência da República
(mais…)
A sina do fogo é soprar cinzas. Nossa sina é sobrar nas cinzas.
Sou capaz de aniquilar um amor
apenas para ver o que repousa em seu fundo?
A partir de um poema sem título de Fabricio Carpinejar
“Amei muito ir ao cinema segurando a mão de Jacques. Não era desejo. Era só ir
ao cinema segurando a mão.”
Da cineasta Agnès Varda sobre o marido, o também cineasta Jacques Demy, com quem
esteve casada por 28 anos
“Menina, ocê se alembra
do tempo que nóis se amava?
Dois amor igual a nóis
no mundo nóis não achava.
Não tinha dia de semana
sem lhe ver eu não passava.
Fosse na hora que fosse
querendo eu lhe visitava.
Eu chegava em vossa casa
no vosso colo eu me deitava.
(…)
Quando eu tava aborrecido
meu amor me consolava.
Carinho é coisa gostosa
alegre eu logo ficava.
Os desgosto ia se embora
tristeza lá não morava.
Quando chegava a noitinha
em qualquer parte eu pousava.
No meio dos arvoredo
a minha rede amarrava.
Deitado na minha rede
meu amor me agasalhava.
Sereno da madrugada,
caindo não me molhava.”
Trecho de Recordação, moda de viola composta por Renato Torres
“Por que curso de capoeira em Cingapura?”
Do senador Arthur Virgílio ao analisar uma lista dos cursos no exterior pagos a funcionários do Senado com dinheiro público
“Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isso. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixo calão. Não merecem o mínimo respeito.”
Trecho da crônica O Gigolô das Palavras, de Luis Fernando Verissimo
“Gertrude Stein tentou um pouco inventar palavras, mas logo desistiu. A língua inglesa era o seu instrumento e com a língua inglesa a tarefa tinha de ser enfrentada e cumprida, o problema solucionado. O uso de palavras fabricadas a ofendia, era uma fuga para um emocionalismo imitativo.”
Trecho de A Autobiografia de Alice B. Toklas, escrita pela norte-americana Gertrude Stein
Webmaster: Igor Queiroz