“Dizem que gato não pensa,
mas é difícil de crer.
Já que ele também não fala
como é que se vai saber?
A verdade é que o Gatinho,
quando mija na almofada,
vai depressa se esconder:
sabe que fez coisa errada.
E se a comida está quente,
ele, antes de comer,
muito calculadamente,
toca com a pata pra ver.
Só quando a temperatura
da comida está normal,
vem ele e come afinal.
E você pode explicar
como é que ele sabia
que ela ia esfriar?”
Como posso entender o Brasil se não consigo entender nem mesmo o hino nacional?
E então a linda mulher o destruiu com a força da indiferença.
“O fim do amor devia ser um evento.
Devia envolver salão, cerimonial.
Por que diabos não? É tão normal.
Por que passar sem reconhecimento,
Convites, ternos limpos? Seja qual
For – desentendimento, quebra-pau –
O fim do amor devia ser um evento.
Devia envolver salão, cerimonial.”
“— Pai, quem fez o calendário? – pergunta o menino, fascinado com a aparente arbitrariedade do sistema de 365 dias divididos em 12 meses (um deles com 28 dias!) cujos nomes parecem senhas de acesso a mundos misteriosos.
Mas o pai responde:
— A gráfica.”
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