Arquivo de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Qual a cara da lucidez?

“Eu jamais pensei que existissem tantos loucos em Toronto, mas há um fluxo ininterrupto de malucos que, da manhã até a noite, entra e sai do consultório do vovô (antigamente, eu ficava espiando da janela para saber que rosto eles tinham, mas depois parei, pois tinham a mesma fisionomia de qualquer outra pessoa).”

Trecho do romance Marcas de Nascença, de Nancy Huston
Dica de Savanna Aires 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Quem precisa de um mundo inteiro para ver?

“Teus olhos não ficam bem senão em mim.”

Verso de Noturno, poema de Roberto Piva

sexta-feira, 15 de março de 2013

Por que, às vezes, o amor se expressa de maneiras tão estranhas?

quinta-feira, 14 de março de 2013

Meu mal é nunca saber se devo partir ou ficar?

Stay in Queue, vídeo de Ferdinand Lutz

quinta-feira, 14 de março de 2013

Perdidos no espaço

quinta-feira, 14 de março de 2013

Refém da exclamação

“Não lembro quando usei pela primeira vez, mas imagino que as razões tenham sido as mesmas de todo mundo: dar uma descontraída, uma turbinada. Que mal tem? – devo ter pensado: grandes artistas usaram, os jovens mandam uma, duas, três, simultaneamente, a toda hora e em qualquer lugar: por que não? Se soubesse, lá atrás, aonde iria chegar, jamais teria experimentado: agora é tarde, Inês é morta. Ou melhor: é morta!!! – digo, exibindo a céu aberto meu vício nesta praga ortográfica: a exclamação. Não quero me eximir da responsabilidade – um alcoólatra não pode culpar um pé na bunda, a má fase do Palmeiras ou as letras do Reginaldo Rossi por seu estado -, mas há, decerto, fatores que colaboram para a dependência. No meu caso: a pressa. Tivesse mais tempo para tudo o que não é trabalho, conseguisse cultivar as amizades com a calma que elas merecem e não estaria agora enviando e-mails com ‘abs!’, ‘bjs!’, ‘claro!’, ‘vamos!’ e até mesmo – Deus, em sua infinita misericórdia, tenha piedade de mim -: ‘Hahaha!!!'”

Trecho de !!!!!!!!!, crônica de Antonio Prata

quinta-feira, 14 de março de 2013

Cativar o leitor ou botá-lo num cativeiro?

“Escrever é falar com estranhos. Você quer que eles confiem em você. Seria bom que começasse confiando neles – imaginando para cada leitor uma inteligência no mínimo igual à que imagina para você mesmo. Você seguramente sabe algumas coisas que o leitor não sabe (se não, por que escrever?), mas ajuda pensar que o leitor tem conhecimentos inacessíveis a você. Não é uma questão de generosidade, e sim de realismo. A boa escrita cria um diálogo entre escritor e leitor, com o imaginado leitor em alguns momentos questionando, criticando e, por vezes, assim você espera, concordando. O que a pessoa ‘sabe’ não é algo que ela possa tirar de uma prateleira e entregar. O que ela sabe em prosa é amiúde o que descobre no ato de escrevê-la, como na melhor das conversas com um amigo – como se ela e o leitor fizessem a descoberta juntos. Dizem aos escritores que eles precisam ‘agarrar’, ou ‘fisgar’, ou ‘capturar’ o leitor. Mas pense nessas metáforas. Seu tema é violência e compulsão. Elas sugerem a relação que se poderia querer ter com um criminoso, não com um leitor. Montaigne escreve: ‘Não desejo que ninguém use a força para obter minha atenção’.”

Trecho do livro Good Prose, the Art of Nonfiction, de Tracy Kidder e Richard Todd

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ontem já era hoje?

“O público tem pressa. A vida de agora, vertiginosa e febril, não admite leituras demoradas, nem reflexões profundas.”

Comentário do poeta Olavo Bilac, publicado no jornal carioca Gazeta de Notícias, em janeiro de 1901

quarta-feira, 13 de março de 2013

A verdade, enfim

A escolha de um papa argentino prova, de uma vez por todas, que Deus não é brasileiro?

quarta-feira, 13 de março de 2013

O que o amor pode nos oferecer?

“o amor não está aqui nem está alhures. o amor não tem algo a dizer. não pergunte nada ao amor. não o procure no fundo de nada; ele sempre está na superfície. principalmente não o procure. mas também não espere que, se você não o procurar, vai encontrá-lo. não morra de amor. o amor não é uma entidade: não exige respeito nem homenagens. ele não tem autonomia para abater-se sobre quem ele bem quiser, porque ele não é uma coisa em si. ouça. agora mesmo. ele está falando. você escutou? não?”

Da escritora Noemi Jaffe
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