“Abracemos, portanto, e amemos a velhice, pois ela não precisa ser desprovida de prazeres. Os frutos são deliciosos quando maduros e os que apreciam o vinho deleitam-se mais com a última taça, a que satisfaz plenamente e põe um fim à bebedeira. (…) [Na velhice,] o fato de não mais se desejar o prazer acaba sendo o prazer supremo. Como é aliviante ter se cansado dos desejos ou então abandoná-los! ‘Mas incomoda’, dizes, ‘ter a morte em vista.’ Em primeiro lugar, ela não está sempre presente, quer para o velho quer para o jovem? Depois, ninguém é tão velho que não possa reivindicar para si mais um dia.”