Arquivo de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Voltamos à Idade Média?

Pense bem: nas últimas semanas, beatificamos um papa, casamos um príncipe, promovemos uma cruzada e matamos um mouro.

A partir de um chiste que circula pela internet

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Concorrência desleal

“Quando me perguntam ‘e aí, tudo bem?’, eu respondo que sim, ‘tudo ótimo’, mas é mentira. Não está tudo ótimo, está tudo péssimo: faz um mês, minha mulher se apaixonou pelo Keith Richards – e não tenho a menor ideia do que fazer.
A paixão foi despertada pela biografia do guitarrista, que eu mesmo, num desses irônicos maus passos da vida, lhe dei de aniversário. Cazzo, como ia imaginar que o livro do mais feio dos Rolling Stones, aquele ex-pirata bexiguento, pudesse fazer brotar em minha amada – uma moça fina, discreta e, até então, equilibrada – semelhante sentimento? (…) Ninguém é menos Keith Richards do que eu. Nunca briguei. Não discuto nem com flanelinha. Aventura, para mim, é ir até o Sesc Belenzinho, num domingo. Se minha mulher caísse de amores por um escritor, por um arquiteto, um advogado, eu teria uma margem de manobra, talvez conseguisse mostrar que sou mais legal do que o outro, mas como competir com um cara que, aos 70, quebra a cabeça caindo de um coqueiro – e só se dá conta do estrago uma semana depois?”

Trecho da crônica Eu, ela e o Keith, de Antonio Prata

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Expulso do armário

– Sou assumidamente gay, como o  Timóteo também é.
– Não sou, não!
– Ah, não é?! Nossa! Me desculpe…

Diálogo entre o jornalista Felipeh Campos e o cantor Agnaldo Timóteo durante um debate no programa SuperPop

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mil e um

O que angustia mais: multidão ou solidão?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Foi mal

– O frango está uma delícia, querida. Você me passa a receita depois?
– É peixe…

A partir do filme A Minha Versão do Amor, dirigido por Richard J. Lewis

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ainda tem dúvidas de que os Estados Unidos atravessam uma supercrise?


“Luto com monstros gigantes em troca de comida”

terça-feira, 24 de maio de 2011

O silêncio vale ouro?

– Quem cala…
– Consente?
– Ressente-se.

A partir de um aforismo do jornalista Tagil Ramos, autor do blog Biscoitos com Pipoca 2.0

terça-feira, 24 de maio de 2011

Impasse

Todo mundo sabe que um gato, quando despenca do telhado, sempre cai de pé. Já um pão com manteiga, caso despenque do mesmo telhado, certamente cairá com a manteiga para baixo. Isso significa que, se a gente amarrar um pão com manteiga nas costas de um gato e atirar ambos do telhado, o bichano flutuará?

A partir de uma piada da dupla Leandro Hassum e Marcius Melhem

terça-feira, 24 de maio de 2011

A língua da elite e a das gentes diferenciadas

“O jornalismo nativo teve uma semana infeliz. Ilustres colunistas e afamados comentaristas bateram duro em um livro, com base na leitura de uma das páginas de um dos capítulos. Houve casos em que nem entrevistado nem entrevistador conheciam o teor da página, mas apenas uma nota que estava circulando (meninos, eu ouvi). Nem por isso se abstiveram de ‘analisar’. Só um exemplo, um conselho e uma advertência foram considerados. E dos retalhos se fez uma leitura enviesada. (…) Disseram que o MEC distribuiu um livro que ensina a falar errado; que defende o erro; que alimenta o preconceito contra a norma culta e os que falam certo. Mas o que diz o capítulo?
a) que há diferenças entre língua falada e escrita. É só um fato óbvio. Quem não acredita pode ouvir os próprios críticos do livro em suas intervenções, que estão nos sites (não é uma crítica: eles abonaram a constatação do livro);
b) que cada variedade da língua segue regras diferentes das de outra variedade. O que também é óbvio. Qualquer um pode perceber que os livro, as casa, as garrafa seguem uma regra, um padrão. São regulares: plural marcado só no primeiro elemento; (…)
c) que há diferenças entre língua falada e escrita, que não se restringem à gramática, mas atingem a organização do texto (um teste é gravar sua fala, e transcrever; quem pensa que fala como escreve leva sustos);
d) que na fala e na escrita há níveis diferentes: não se escreve nem se fala da mesma maneira com amigos e com autoridades (William Bonner acaba de dizer “vamo lá sortiá a próxima cidade”. Houve outros dados notáveis nos estúdios: “onde fica as leis da concordância?” e “a língua é onde nos une”…);
e) deve-se aprender as formas cultas da língua: todo o capítulo insiste na tese (é bem conservador!) e todos os exercícios pedem a conversão de formas faladas ou informais em formas escritas e formais.
O que mais se pode querer de um livro didático? Então, por que a celeuma?”

Trecho do artigo Analisar e opinar. Sem ler, do linguista Sírio Possenti

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A solução ideal para metrópoles cujos moradores não abrem mão do carro?

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