segunda-feira, 30 de julho de 2012

Até quando continuaremos dizendo que não sabíamos?

“Muita saliva e tinta de teólogos, biólogos e humanistas foram gastas para sacramentar a noção de unicidade dos humanos. O conceito de que só o homem é dotado de determinadas capacidades cognitivas, fonte e seiva da linguagem, da cultura e outras habilidades igualmente exclusivas, como levantar hipóteses, discuti-las e testá-las, segue incontestado. A despeito do que os animais possam criar e manipular, somos os únicos seres vivos capazes de escrever um romance, pintar uma obra-prima, inventar aparelhos engenhosos e montar um mensalão ou um cartel de drogas.
Mas não os únicos dotados de inteligência, sentimentos e outros atributos ditos humanos. Algumas espécies do reino animal também possuem consciência, reiterou um grupo de cientistas recentemente reunidos em Cambridge, na Inglaterra. Não foi uma declaração leviana, urdida ou estimulada por alguma entidade protetora de animais, mas uma afirmativa lavrada em documento, cientificamente idôneo, apresentado no dia 7 de julho durante a conferência anual do Francis Crick Memorial em torno das últimas pesquisas sobre o cérebro e seus mistérios. Há muito se desconfiava que ao menos mamíferos como macacos, elefantes, cães, gatos, e criaturas do mar como golfinhos e polvos (vide Paul, o molusco alemão que previa os resultados da Copa do Mundo de 2010) são providos de consciência. Faltava o aval da ciência, que veio sob a forma de um manifesto assinado por 13 respeitáveis neurocientistas do MIT, Caltech e Max Planck Institute. (…)
Com o respaldo de uma década e meia de estudos do fenômeno da consciência, do comportamento animal, da rede neural, da genética e da anatomia do cérebro, cada vez mais refinados por novas tecnologias de investigação, concluiu-se que as estruturas nervosas ativadas no cérebro de um bicho assemelham-se às de um humano quando também sente prazer, medo, dor e até piedade.  (…) No reino da bicharada, os antropocêntricos fundamentalistas perdem todas. Até ratos de laboratório são dados a gestos de solidariedade e sacrifício, revelou faz pouco tempo uma experiência na Suíça. Muita gente ainda ignora que os porcos são muito inteligentes e sensíveis, além de limpíssimos por natureza, e que as baleias, orcas, cachalotes e golfinhos têm o triplo das células fusiformes dos cérebros humanos. Essas células são fundamentais para o desenvolvimento da empatia. (…)
Em 2006 descobriram no zoológico do Bronx um elefante que se reconhecia no espelho. E depois outro, e mais outro. Bichos que passam no teste do espelho, como os citados elefantes, certos primatas, golfinhos e uma espécie de pássaro chamada pica-pica, são supostamente mais próximos dos humanos e mais necessitados de nossa proteção. Foi dessa premissa que a biopsicóloga Diana Reiss, do Hunter College, partiu para sua pesquisa sobre a capacidade perceptiva e interativa de determinados mamíferos. Reiss é uma das signatárias do Manifesto de Cambridge. Como os demais signatários, ela espera que, diante das evidências de que os animais ‘pensam, logo sofrem’ (cogito, ergo patior?), a sociedade dos humanos passe a tratá-los com mais respeito, dignidade e carinho.”

Trecho de Lato, logo existo, artigo de Sérgio Augusto

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Só no outro é que me faço inteiro?

“eis o que consegui:
tudo estava partido e então
juntei tudo em ti
toda minha fortuna
quase nada tudo muitas coisas
numa
só:
eu quis correr esse risco antes de virar
pó:
juntar tudo em ti:
toda joia todo pen drive todo cisco
tudo o que ganhei tudo o que perdi”

Trecho de Consegui, poema de Antonio Cícero

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Como nascem os corruptos?

– Pai, qual o caminho para ficar rico?
– Estudar  e trabalhar muito, economizar…
–  Não tem um atalho?

A partir de um cartum de Luis Fernando Verissimo 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Às vezes, não há nada melhor do que o pior?

Dica de José Geraldo Couto
(clique na imagem se quiser ampliá-la)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Se tudo pode acontecer, pode acontecer de ser você?

Clipe de Pra Sonhar, canção de Marcelo Jeneci, interpretada pelo próprio Jeneci e por Laura Lavieri
O vídeo foi realizado com cenas de casamentos reais
O título do post remete à música Se Tudo Pode Acontecer, de Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit e João Bandeira

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mais vale um pássaro na mão?

Quadrinho de Laerte
(clique na imagem para ampliá-la)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Na esquina da Ipiranga com a avenida Atlântica

“- Como você acha que São Paulo vai ser lembrada no futuro?
– Existe uma teoria que diz que um dia São Paulo crescerá tanto que chegará ao Rio, engolindo inteiramente a Cidade Maravilhosa. Isso aconteceu com Tóquio e Kyoto. Depois que ocorrer isso, as pessoas lembrarão de quando São Paulo era uma cidade feia e sem praia.”

Pergunta do escritor Enrique Vila-Matas para o também escritor Joca Terron, na revista São Paulo 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Por que recomendo enxergar a vida pelo viés da arte?

“O mundo é simultaneamente maravilhoso e horrível. A estética ajuda-nos a nos maravilhar e nos permite encarar o horror. Assim, o segundo movimento do Quinteto em Dó Maior, D 956, de Schubert, expressa a pior dor da alma e, no entanto, oferece-nos uma felicidade musical inefável. (…) ‘A natureza imita o que a obra de arte lhe propõe’, disse alguém. Somos encorajados pela estética a perceber o maravilhamento diante do mar, dos picos nevados, das grandes árvores, da borboleta que adeja, da criança que saltita, do cão louco de amor que salta bem alto em direção a seu dono, de um belo rosto. Tudo isso deveria animar uma política da cultura: uma política da estética, a qual contribuiria para propagar e democratizar a poesia de viver, para fazer com que cada um possa conhecer as belas emoções e descobrir suas próprias verdades por meio das obras-primas.”

Trecho de O Caminho da Esperança, livro de Stéphane Hessel e Edgard Morin

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Didatismo

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Irmãos

“o menino de uns sete anos na mesa: quanto vem depois de um bilhão? o pai: trilhão. daí o menino ficou falando: trilhão, quatrilhão, cinquilhão, sextilhão, septilhão, octilhão, novilhão e ele iria até infinitilhão. daí a menina falou: bobalhão.”

Extraído do blog de Noemi Jaffe
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