terça-feira, 28 de agosto de 2012

O "odoricoparaguaçuguês" está com os dias contados?

“Para quem cresceu na cultura televisiva dos anos 80, é visível que a internet melhorou a média dos textos. A simples prática de redigir com frequência tornou mais eficiente a comunicação. Compare as manifestações de sua timeline com uma dessas cartas de sindicato ou avisos de condomínio que chegam pelo correio, como um museu em papel de termos e formas que não existem mais: quase ninguém abaixo de certa idade, com o mínimo acesso à informação e que não trabalhe no STF escreve daquele jeito. Para a elite letrada, a afetação bacharelesca morreu com o modernismo do século 20. Entre um público mais amplo, vai morrendo com a interação virtual do 21.”

Trecho do artigo Palavras e Cacarejos, de Michel Laub

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Na penumbra

Ontem à noite, faltou energia elétrica dentro do meu sonho. Surpreso, alguém que fazia parte daquela inusitada situação comentou: “Será que o inconsciente consegue trabalhar à luz de velas?”

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Em você, me escondo de mim?

“Trair o próprio desejo da gente é confortável. E, para muitos, o casamento serve para isso: é um pretexto para descansar da tarefa de desejar e de inventar a vida. Assim: casei, nada depende mais do meu esforço, ele (ou ela) me prende nessa rotina e me impede de me tornar o que eu tanto queria ser – boa desculpa, hein?”

Trecho do artigo Procuras de desejos perdidos, do psicanalista Contardo Calligaris

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Já estamos no pós-morte e não percebemos?

“Aqui, sobre este inferno (aponta para o chão), de vez em quando temos momentos de céu.”

Reflexão do escritor português José Saramago

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Muito olerê, pouco olará

Quadrinho de André Dahmer

sábado, 25 de agosto de 2012

Quantos amores cabem num só coração?

“Tinha de ser em Tupã o cartório que lavrou a primeira escritura brasileira de um ‘casal de três’: um homem e duas mulheres. Tupã, bem antes de ser uma cidade do interior de São Paulo, era o deus do trovão dos guaranis. E nós, caras-pálidas, sabemos que os índios nunca se interessaram pela monogamia. Por que a maioria de nós sente uma necessidade visceral de regular o amor e de se apropriar do outro a qualquer custo? O trio familiar – ‘triângulo’ virou coisa antiga por sugerir traição – é do Rio de Janeiro e só foi para Tupã oficializar a união estável porque está ali uma tabeliã de cabeça aberta: a paulistana Cláudia do Nascimento Domingues. Ela faz doutorado na USP sobre ‘famílias poliafetivas’. Um nome pomposo que evita a armadilha da ‘poligamia’ e confirma uma tendência: adaptar o Direito a uma realidade bem mais plural que o casamento tradicional. A tabeliã Cláudia – que vive com um homem uma união estável e sem filhos – tem sido procurada nos últimos meses por vários tipos de famílias, ansiosas para registrar o ‘poliamor’ em cartório, assegurar direitos e comemorar visibilidade social. Família de três mulheres. Família de dois homens e uma mulher. Família de quatro pessoas: dois homens que moram no Brasil e suas duas parceiras que viajam muito. ‘Esta última é uma relação estável de cinco anos, e todos os amigos sabem que se relacionam entre si. É uma união ampla, conjunta, múltipla’, diz Cláudia. (…) São exceções, mas talvez morem no apartamento ao lado do seu. E, caso encarem com honestidade o ‘poliamor’, quem somos nós – alguns nos engalfinhando por casos extraconjugais passageiros ou longos – para julgar o que é certo e errado na expressão do afeto e do desejo?”

Trecho de Eu vos declaro marido e mulheres, artigo de Ruth de Aquino

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Apenas o fim é capaz de entender o começo?

“Vovô ganhou mais um dia. Sentado na copa, de pijama e chinelas, enrola o primeiro cigarro e espera o gostoso café com leite.
Lili, matinal como um passarinho, também espera o café com leite.
Tal e qual vovô.
Pois só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos…”

Viver, poema de Mario Quintana

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vítima?

“Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.
Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.
Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,
fiquei sem poder chorar, quando caí.”

Epigrama número 8, poema de Cecília Meireles

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Melhor queijo do que beijo?

    ou  

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Por onde caminham meus pensamentos enquanto caminho?

“Oh! não há nada como um pé depois do outro…”

Passeio, poema de Mario Quintana
Contato | Bio | Blog | Reportagens | Entrevistas | Perfis | Artigos | Minha Primeira Vez | Confessionário | Máscara | Livros

Webmaster: Igor Queiroz