“Os juramentos que nos juramos
entrelaçados naquela cama
seriam traídos, se lembrados
hoje. Eram palavras aladas
e faladas não para ficar
mas, encantadas, voar. Faziam
parte das carícias que por lá
sopramos: brisas afrodisíacas
ao pé do ouvido, jamais contratos.
Esqueçamo-las, pois, dentre os atos
da língua, houve outros mais convincentes
e ardentes sobre os lençóis. Que esses,
em futuras noites, em vislumbres
de lembranças, sempre nos deslumbrem.”
nada mais
será como
dante?
“Nossas culturas e filosofias, que se queriam livres de qualquer influência religiosa, continuam a sofrer a pressão de uma doutrina que foi dominante durante milênios. Hoje, não dizemos mais ‘as leis da Providência’. No entanto, dizemos ‘as leis da história’ ou ‘as leis do mercado’. Não é quase a mesma coisa?”
“Viver tem sido
Reunir objetos
E perder ilusões”
“Dentro do Senado
por que tanta inação?
Se deixaram de
legislar, que fazem
lá dentro os
senadores?
É que os bárbaros
chegam hoje. Que leis
haviam de fazer agora
os senadores?
Os bárbaros quando
vierem ditarão as leis.”
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