segunda-feira, 21 de julho de 2014

Melhor abandonar do que procrastinar?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cão que ladra não manda?

“Toda expressão violenta intenciona escamotear a ausência de poder, de acordo com Hannah Arendt. O poder é atribuído pelo outro, não pode ser arrancado ou imposto a alguém. Os que se acham poderosos e se a autorizam a tripudiar vivem psiquicamente na condição impotente e a isso reagem com violência.”

Trecho de Aplicativo antirrejeição, artigo da psicanalista Elaine Grecco 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Se estou aqui, como posso estar ali também?

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Já lhe passou pela cabeça que certos vagabundos dão um duro danado?

“Assim como pimenta no uropígio do próximo é refresco (alieno culo piper refrigerium, no sábio dizer de Terêncio, ou Sêneca, ou Juvenal, ou alguém assim — ninguém vai checar), o trabalho alheio parece sempre mais fácil que o nosso. Há muitos e muitos anos, o famoso cronista José Carlos Oliveira, talvez o mais lido do seu tempo, de vez em quando levava a máquina de escrever para o bar. Lá pedia seu drinque e escrevia sua crônica. Um dia, um visitante deslumbrado foi apresentado a ele e comentou, emocionado:
— Se eu escrevesse assim como o senhor, nunca mais trabalhava!”

Trecho de Vocês Pensam Que É Moleza, crônica de João Ubaldo Ribeiro

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Lâmina

O tempo que se foi
– alguém duvida? –
é uma foice que
ceifa da gente
o tempo que nos resta.
Por isso há quem diga
foi-se o tempo
como se dissesse
foice, o tempo.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Existirá justiça cega o suficiente para vê-los?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Só é possível filosofar em cantonês?

“Tudo que eu digo, acreditem
Teria mais solidez
Se em vez de carioquinha
Eu fosse um velho chinês”

Poesia com Lamentação do Local de Nascimento,
escrita por Millôr Fernandes 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

As ideias dos coxinhas nunca correspondem aos fatos?



Extraído do tumblr Esta É uma Coxinha

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Descontrole de natalidade

Miguel: Oi, Tereza, tudo bem?
Tereza (sentando): Tudo. O que que você queria falar comigo de tão importante?
Miguel: Quer tomar alguma coisa?
Tereza: Não, eu preciso voltar pro trabalho.
Miguel: Bom, não sei se você se lembra, mas faz uns três anos que a gente transou.
Tereza: Que que tem?
Miguel: Eu acho que chegou a hora de te falar. Você é mãe, Tereza.
Tereza: Como assim?
Miguel: Eu adotei um filho no dia seguinte da nossa noite.
Tereza: Quê?
Miguel: Eu acho que você tem o direito de saber.
Tereza: Pera aí, mas quem adotou o filho foi você.
Miguel: Adotei no nosso nome, Tereza. Aquela noite foi muito especial.
Tereza: Você tá maluco?
Miguel: Ele se chama Afonso, igual seu pai. Achei que você ia gostar.
Tereza: C…, Miguel! Esse filho não é meu.
Miguel: Agora é fácil falar.
Tereza: Foi você que adotou.
Miguel: A gente não usou camisinha, Tereza.
Tereza: F…-se. Eu uso pílula.
Miguel: Parece que não é 100%, né?”

Trecho de Filho, crônica de Fábio Porchat

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Um detalhe vale por mil palavras?

“Em 28 de março de 1941, Virgínia Woolf encheu os bolsos de pedras e entrou no rio Ouse. O marido, Leonard Woolf, era obsessivamente meticuloso e manteve na vida adulta um diário no qual registrava todos os dias as refeições e a quilometragem do carro. Aparentemente, não houve nenhuma diferença no dia em que sua mulher se suicidou: ele registrou a quilometragem do carro. Mas, diz sua biógrafa Victoria Glendinning, a página dessa data está borrada, com ‘uma mancha amarela pardacenta que foi esfregada ou enxugada. Podia ser chá, café ou lágrimas. É o único borrão em todos os anos de um diário impecável’.”

Trecho de Como Funciona a Ficção, livro de James Wood 
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