“O Ayrton tinha aquela cara de bonzinho, mas era muito sacana. Uma vez, fomos embarcar para Miami e ele prendeu três cadeados nas passadeiras da minha calça, sem que eu percebesse. Evidentemente, fui barrado no raio X. E eu dizia: ‘Mas como vou tirar isso daqui se não tenho a chave?’. E o Ayrton falava para o americano do controle que estava me barrando: ‘Ele é maluco, não permita que esse louco entre no avião’.”
“Numa tarde de domingo comum, na casa dos meus avós, minha família se reuniu em torno da mesa, cheia das mais deliciosas comidas e bebidas: bolos de todo tipo. sanduíches, salsichas etc. Eu estava sem fome, pois a gente tinha almoçado poucas horas antes. Mesmo assim, nós sentamos ali e devoramos um universo de calorias apenas para mostrar que tudo corria bem – com a gente, com a família, com a nação.”
“No ensaio Um Enforcamento, George Orwell observa o condenado que se dirige ao cadafalso deviar-se de uma poça d’água. Para Orwell, isso representa exatamente o que ele chama de ‘mistério’ da vida que está para ser eliminada: mesmo sem nenhuma boa razão para tal, o condenado ainda se preocupa em não sujar os sapatos.”
“Quer o destino que eu não creia no destino.”
“Não pediam futebol alemão na seleção brasíleira? Pois tomem Dunga!”
“Não é que o inferno sejam exatamente os outros. Pior do que isso é saber, implicitamente, que eu é que sou o outro do inferno deles. O inferno são os outros é quase como dizer: o inferno sou eu.”
Webmaster: Igor Queiroz