segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Para onde vão as ilusões perdidas?

“Eu era jornalista. Um jornalista que escrevia sobre TV, filmes e livros. Na época em que as pessoas liam coisas em papel, na época em que alguém se importava com o que eu pensava. Eu chegara a Nova York no final dos anos 90, o último suspiro dos dias de glória, embora ninguém soubesse disso naquele tempo. Nova York estava abarrotada de jornalistas, jornalistas de verdade, porque havia revistas, revistas de verdade, muitas delas. Isso quando a internet ainda era um animalzinho exótico mantido na periferia do mundo editorial — jogue um biscoitinho para ele, veja como dança em sua coleirinha, ah, que bonitinho, ele decididamente não vai nos matar no meio da noite. Pense só nisso: uma época em que garotos recém-formados podiam ir para Nova York e ser pagos para escrever. Não tínhamos ideia de que estávamos iniciando carreiras que desapareceriam em uma década. Eu tive um emprego durante 11 anos, e então deixei de ter, rápido assim. Por todo o país, revistas começaram a fechar, sucumbindo a uma súbita infecção produzida pela economia detonada. Os jornalistas (meu tipo de jornalistas: aspirantes a romancistas, pensadores reflexivos, pessoas cujos cérebros não funcionam rápido o bastante para blogar, linkar e tuitar, basicamente falastrões velhos e teimosos) já eram. Assim como chapeleiros femininos ou fabricantes de chibatas, nosso tempo chegara ao fim.”

Trecho de Garota Exemplar, romance de Gillian Flynn
Dica de Ricardo Lombardi 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Ninguém é de ninguém?

Bloco Casa Comigo, que saiu ontem
na Vila Beatriz, em São Paulo

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Por causa das redes sociais, viramos todos ladrões?

“Um dos atos mais cruéis que existem, podem observar, é roubar o tempo, a atenção, a energia das pessoas e levá-las a desperdiçar parte da vida com frivolidades. É um roubo como qualquer outro.”

De Gustavo Gitti, professor de TaKeTiNa, técnica que usa o ritmo para transformar a mente e o corpo 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Há sensação mais sublime do que perder o medo?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O avesso do avesso do avesso

“A essência de São Paulo não é sintética, é uma oposição, um paradoxo. É interessante pensar que a Catedral da Sé, um edifício neogótico, foi inaugurada no 4º Centenário da cidade, em 1954, com os edifícios modernos de Niemeyer no parque Ibirapuera. Como pode uma cidade produzir símbolos tão discrepantes ao mesmo tempo? Como pode uma cidade desprezar tanto o seu passado a ponto de decidir demolir a sua igreja matriz para construir um revival medieval?”

Do arquiteto Guilherme Wisnick

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

E se o casamento não der certo?

Cansada de esperar amor, americana se casa consigo mesma

“Foi a união dos sonhos de Yasmin Eleby. Só faltou o noivo. A cerimônia ocorreu no Museu de Cultura Afroamericana de Houston (Texas, EUA). Uma irmã de Yasmin conduziu uma espécie de cerimônia religiosa. A mãe levou a filha ao altar e as outras três irmãs foram as madrinhas. Segundo o site  Black Art in America, a lua de mel será passada no Camboja, no Laos e em Dubai (Emirados Árabes).”

Notícia publicada ontem no portal de O Globo

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O próximo passo, depois do racionamento de água, é o racionamento de palavras?

Cartum de Nani

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ele nos ajuda mesmo a encontrar qualquer coisa?

São Longuinho, São Longuinho, se eu me achar, dou três pulinhos.

 A partir de uma ilustração de Luiza Pannunzio

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Só os jovens conseguem ser utópicos?

“Em qualquer luta revolucionária, a juventude assume o protagonismo. Mas há gente de várias idades que continua sonhando. Depois de passar a vida ouvindo que quando ficasse velho iria se enquadrar e ver que as coisas são diferentes, o poeta surrealista francês Benjamim Péret disse: ‘Fiquei velho e não vi nada’.”

Do cientista social Michael Lowy

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O incrível caso da seca molhada

“Com a água acontece uma coisa curiosa: como cai do céu, é difícil acreditar que vá faltar. Acaba a água da torneira, mas está tudo alagado lá fora. Isso, imagino, gera uma confusão na cabeça de muita gente. Mas ao mesmo tempo gera um aumento de consciência. Essa água que está alagando as ruas, será que não poderia ser usada? Será que é própria para o consumo? Há controvérsias. Existem pessoas filtrando e fazendo testes, dizendo que é melhor do que a água da Sabesp. Cada vez mais, acredito que, quanto mais a gente tornar as pessoas autônomas em relação a garantir o seu básico, mais a gente caminhará para um mundo sustentável. Ensinar a garantir o mínimo da sua água, o mínimo da sua comida pode ser um caminho. Tudo o que estamos vivendo e o que ainda viveremos é muito didático e deve induzir mudanças de atitude. Como continuar julgando normal  dar descarga na privada com água potável?

Da ambientalista Marussia Whately
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