quinta-feira, 16 de abril de 2015

Percebe a diferença entre protestar e se engajar?

“Apesar de a gente viver numa época bem individualista, considero que os problemas do Brasil merecem cuidados com a força de um espírito comunitário. Quanto mais juntos nós estivermos, melhor país nós seremos. Lógico, cada um de nós tem seus desejos, mas esse espírito comunitário de mobilização, que é bem diferente de manifestação, é que a gente tem de perseguir dia após dia. A mobilização é diferente da manifestação, pois ela te convoca todos os dias, você contempla e enfrenta os problemas todos os dias. Já as manifestações são realizadas esporadicamente. Um desejo que tenho é de ver um número maior de mobilizações em nossa sociedade.”

Do ator Lázaro Ramos

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Quer saber qual o método mais rápido e eficiente de aumentar seu pênis?

Reduza o tamanho do carro que você está dirigindo.

 A partir de uma HQ de Adão Iturrusgarai

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Desejo mesmo ir para onde a pressa me leva?

“Viver devagar é que é bom (…). Viver, afinal, é questão de paciência.”

Do escritor Fernando Sabino

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Como respeitar uma oposição tão ignorante?


O cartaz circula pela internet e, não bastassem os tantos absurdos que propaga no texto,
ainda troca a imagem de Kurt Cobain pela de Jon Bon Jovi.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Preocupar-se em agradar as minorias pode ser um jeito de desmerecê-las?

“‘Olá, sou Ifemelu’, apresentou-se a nigeriana.
‘Que nome lindo’, disse Kimberly. ‘Significa alguma coisa? Amo nomes multiculturais porque eles têm significados maravilhosos, de culturas maravilhosas e ricas.’ Kimberly estava dando o sorriso benevolente das pessoas que pensam que ‘cultura’ é uma propriedade estranha e pitoresca de pessoas pitorescas, uma palavra que sempre tinha de ser acompanhada do adjetivo ‘rica’. Ela jamais acharia que a Noruega tinha uma ‘cultura rica’.
‘Eu não sei o que significa’, disse Ifemelu, sentindo, sem precisar ver, a expressão levemente divertida no rosto da amiga Ginika.
‘Quer um chá?’, perguntou Kimberly, indo até uma cozinha de cromados brilhantes, granitos e espaços vazios que indicavam opulência. ‘Sempre tomamos chá, mas é claro que temos outras opções.’
‘Um chá seria ótimo’, disse Ginika.
‘E você, Ifemelu? Sei que estou destruindo seu nome com minha pronúncia, mas é realmente um nome lindo. Lindo mesmo.’
‘Não, você disse direitinho Aceito uma água ou um suco de laranja, por favor.’ Ifemelu mais tarde se daria conta de que Kimberly usava a palavra ‘lindo’ de uma maneira peculiar. ‘Vou encontrar minha amiga linda do mestrado’, dizia ela, ou: ‘Estamos trabalhando com essa mulher linda no projeto para o centro da cidade’, e as mulheres a quem se referia sempre acabavam sendo pessoas de aparência nada extraordinárias, mas negras. Um dia, mais para o fim do inverno, quando ela estava com Kimberly naquela mesa enorme da cozinha, tomando chá e esperando que as crianças chegassem de um passeio com a avó, Kimberly disse: ‘Ah, olhe que mulher linda’, e apontou para uma modelo sem graça numa revista, cuja única característica diferente era uma pele mais escura. ‘Ela não é incrível?’
‘Não é, não.’ Ifemelu fez uma pausa. ‘Sabe, você pode simplesmente dizer que uma pessoa é negra. Nem toda pessoa negra é linda.'”

Trecho de Americanah, romance de Chimamanda Ngozi Adichie

terça-feira, 14 de abril de 2015

O que me move

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, e a utopia se afasta dois passos. Caminho dez passos, e o horizonte corre dez passos. Por mais que caminhe, jamais os alcançarei. Então, para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

Do escritor uruguaio Eduardo Galeano, que morreu ontem

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Quem disse que não existem escolas públicas de primeira linha no Brasil?

Cartum de João Montanaro
(clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Lady in red

Cartum de Andrés J. Colmenares
(clique na imagem se quiser ampliá-la)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Então o diálogo nas redes sociais ainda é possível?

Às vezes, em meio à histeria que costuma tomar conta da internet quando se trata de política, encontram-se discussões cordiais e interessantes. Um exemplo: logo depois que a Câmara dos Deputados avalizou a terceirização dos trabalhadores brasileiros, Gilberto Maringoni abriu um debate sobre o tema no Facebook. Candidato ao governo paulista em 2014 pelo PSOL, o professor de relações internacionais declarou o seguinte:
“UMA DERROTA COMO ESSA NÃO SE IMPROVISA.
São 12 anos conciliando com os de cima.
São 12 anos buscando boa relação com o monopólio da mídia.
São 12 anos dando juros estratosféricos ao sistema financeiro.
São 12 anos propiciando lucros extraordinários ao ensino privado.
São 12 anos colocando reacionários em postos-chaves do governo.
São 12 anos buscando financiamento de campanha onde a direita também busca.
São 12 anos priorizando a pauta conservadora.
São 12 anos mantendo a macroeconomia de FHC em versão soft.
São 12 anos sem reforma agrária.
São 12 anos evitando confronto com os ruralistas.
São 12 anos considerando os usineiros heróis nacionais.
São 12 anos sem constitucionalizar direitos sociais.
São 12 anos sem taxar grandes fortunas.
São 12 anos evitando a reforma política.
São 12 anos se orgulhando de que os bancos nunca lucraram tanto.
São 12 anos achando que programa social focado é o máximo que se pode fazer.
São 12 anos dizendo que a meta é sermos um país de classe média.
São 12 anos indicando a elite para o Supremo Tribunal.
São 12 anos fingindo que a luta de classes acabou.
São 12 anos achando ser possível fazer um governo em que todos ganhem.
São 12 anos deixando em paz o ovo da serpente.
NÃO, AMIGAS E AMIGOS.
COMO DIRIA NELSON RODRIGUES, ESSA SURRA QUE O CONGRESSO NOS DEU É OBRA METICULOSAMENTE CONSTRUÍDA.”
Entrando na conversa, o sociólogo Giovanni Alves contra-argumentou:
“São 12 anos em que a esquerda socialista (PSOL, PCB e PSTU) não conseguiu se unir, acumular forças, disputar a hegemonia social e construir uma frente política democrática e popular alternativa a essa merda toda… E não vale dizer que a culpa é de Lula e Dilma.”
O jornalista Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi, pegou carona no papo e também ponderou:
Mas são igualmente 12 anos de luta vitoriosa contra a miséria, de elevação real do salário mínimo em mais de 70%, de política internacional contra-hegemônica, de ampliação dos direitos de educação e renda mínima, de melhoria profunda dos salários e do emprego. Sem se dar conta disso, fica só um pouquinho difícil entender quatro vitórias presidenciais seguidas, a sobrevivência contra o maior massacre midiático de nossa história e o fato de que não existe, com viabilidade e força de massa, qualquer alternativa à esquerda do PT.”
Gilberto Maringoni, então, respondeu:
“É verdade, Breno. Mas tudo evitando o confronto com a direita. Quando há crescimento econômico, o modelo lulista funciona. Quando não há e escolhas precisam ser feitas, ele entra em pane.”
Giovanni Alves novamente se pronunciou:
“Precisamos parar de criticar o PT e construir outro caminho de unidade e luta, uma nova frente verdadeiramente protagonista da política nacional, que una o conjunto de fragmentos da esquerda socialista radical. Qual o pior? As misérias do PT ou as misérias dos partidos de esquerda mais radicais que não conseguem construir frente política alternativa capaz de indicar novo caminho para o povo brasileiro?”
Por fim, Gilberto Maringoni escreveu:
“Giovanni, não se trata de simplesmente criticar o PT. Para se construir uma alternativa, é preciso avaliar o que foi esse caminho traçado desde 2002. É nossa obrigação fazer isso, para não repetir o transformismo da agremiação. Eu há anos digo que o PSOL não pode ser um partido antipetista, mas um partido à esquerda do PT. E digo também há bastante tempo que o PT pode não ser de esquerda, mas o antipetismo é de direita. O que não nos exime de avaliar a prática concreta do PT. O antipetismo é de direita. Mesmo assim, é necessário criticar o PT politicamente.”

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Tédio conjugal tem cura?

Cartum de Caco Galhardo
(clique na imagem para ampliá-la)
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