Cartum do argentino Gervasio Troche
Escrever é difícil? Nem tanto. Basta sentar diante do computador e abrir uma veia.
A partir de uma reflexão do romancista norte-americano Norman Mailler
Foto extraída do blog Impostor, de Ronaldo Bressane
O cedro perfuma o machado que o derrubou.
A partir da canção Castigo, de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves
“Ela explicou como, na infância, acreditava que, quando você pisa numa poça, um desejo é concedido.”
Trecho de Morangos, Outra Vez, conto do inglês Simon Van Booy
– Você pode avisar minha tia que eu já cheguei?
– Como?
– Minha tia. A Odete. Eu vim de Piranhas e não avisei pra ela que eu já cheguei.
– O senhor quer que eu anuncie o nome da sua tia no sistema de som?
– Não, não, ela está em casa.
– Mas você não avisou que vinha?
– Ah, não.
– Tem o telefone? Endereço?
– Não. Mas você conhece a minha tia, não conhece?
Diálogo entre um viajante recém-chegado e uma das moças que trabalham no guichê de informações da rodoviária paulistana. Extraído de O Livro Amarelo do Terminal, grande reportagem escrita por Vanessa Barbara
“Tem tanto medo na minha coragem.”
Trecho de Achado, canção de Chico Mello e Carlos Careqa
Roof Sex, animação do norte-americano PES
– Sinto que minha vida diária não tem importância, que eu deveria estar fazendo algo diferente. Por quê?
– Quando estiver comendo, coma. Quando sair para um passeio, ande. Não diga “eu deveria estar fazendo algo diferente”. Quando estiver lendo, dê a isso a sua atenção completa, seja um romance policial, uma revista, a Bíblia, seja o que for. Atenção completa é atenção completa e, portanto, não há essa de “eu deveria estar fazendo algo diferente”. Só quando estamos desatentos é que surge o sentimento de “pelo amor de Deus, eu tenho de fazer alguma coisa melhor”. Se dá atenção completa quando está comendo, isso é ação. O importante não é o que fazemos, mas se podemos dar a isso total atenção. Por atenção, não quero dizer algo que aprendemos através de concentração na escola ou na empresa, mas observar com nosso corpo, nossos nervos, nossa visão, nossos ouvidos, nossa mente, nosso coração _inteiramente. Se fizermos isso, haverá uma mudança enorme em nossa vida. Algo exigirá toda nossa energia, vitalidade, atenção. A vida exige essa atenção a todo minuto, mas fomos tão treinados em desatenção que procuramos sempre escapar da atenção para a desatenção. Dizemos “como é que vou observar? Eu sou preguiçoso”. Seja preguiçoso, mas totalmente atento à preguiça. Seja totalmente atento à desatenção. Saiba que está totalmente desatento. E quando souber que está inteiramente atento à desatenção, estará atento.
Trecho do livro A Humanidade Pode Mudar?, em que o pensador indiano Jiddu Krishnamurti (1895-1986) responde perguntas de estudiosos e adeptos do budismo
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