segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mudei a humanidade. E ninguém percebeu

“Li o primeiro capítulo de Uma Breve História do Tempo quando o Pai ainda estava vivo e fiquei com as botas incrivelmente pesadas ao perceber como a vida é relativamente insignificante e como, se comparada ao universo e ao tempo, a minha existência não faz diferença nenhuma. Enquanto o Pai me botava na cama àquela noite e conversávamos sobre o livro, perguntei se ele podia imaginar uma solução para esse problema. ‘Que problema?’ ‘O problema da nossa relativa insignificância.’ Ele disse ‘Bem, o que aconteceria se um avião largasse você no meio do deserto do Saara e você pegasse um único grão de areia e o movesse um milímetro?’ Falei ‘Eu provavelmente morreria de desidratação.’ Ele disse ‘Estou falando só daquele momento, quando você movesse o pequeno grão de areia. O que isso significaria?’ Eu falei ‘Eu não sei, o quê?’. Ele disse ‘Pense nisso.’ Pensei naquilo. ‘Acho que eu teria movido um grão de areia.’ ‘E isso significaria o quê?’ ‘Significaria que eu movi um grão de areia?’ ‘Significaria que você transformou o Saara.’ ‘E daí?’ ‘E daí? O Saara é um deserto imenso. E existe há três milhões de anos. E você o transformou.’ ‘É verdade’, falei, me sentando. ‘Transformei o Saara!’ ‘E isso significa o quê?’ ‘O quê? Me diga.’ ‘Não estou falando de pintar a Mona Lisa ou achar a cura para o câncer. Estou falando somente de mover um milímetro aquele grãozinho de areia.’ ‘É?’ ‘Se você não tivesse feito isso, a história da humanidade teria sido de um jeito…’ ‘Hum-hum’ ‘Mas você fez, portanto..?’ Fiquei em pé na cama, apontei o dedo para as estrelas de mentirinha e gritei ‘Mudei o curso da história da humanidade!’ ‘Isso mesmo!’ ‘Mudei o universo!’ ‘Mudou.’ ‘Sou Deus!’ ‘Você é ateu.’ ‘Eu não existo!’ Caí de costas de volta na cama, nos braços dele, e rachamos o bico juntos .”

Trecho de Extremamente Alto e Incrivelmente Perto, romance de Jonathan Safran Foer
Dica de Rafael Tonon

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Somos todos subversivos?

“A gente pula contra a vontade do chão.”

Trecho de O Pé, canção de Karina Buhr

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Caixa 2 já no sobrenome?

Campanha de Tomas Regalado para prefeito de Miami, nos Estados Unidos

Dica de Paulo Vieira

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Corações feridos ainda têm serventia?

“O que os hospitais fazem com os corações lesados dos pacientes transplantados? Será que jogam fora? Ou mandam para o conserto e depois revendem a países mais pobres? O paciente transplantado tem direito de guardar seu velho coração numa redoma como um estepe para usar em caso de necessidade?”
Trecho do romance Céu de Origamis, de Luiz Alfredo Garcia-Roza

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vacaré?


Vaca da Cow Parade surfando na esquina das ruas Oscar Freire e Bela Cintra, em São Paulo, durante um dos muitos temporais que vêm castigando a cidade

A foto é de Julio Mariano

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Majestoso como um bonsai?

“É O NOSSO AMOR UM AMOR TÃO
DIMINUTO
LAMPEJO DE SEGUNDO
RELÂMPAGO DISSOLUTO
FILETE DUM RIO MINÚSCULO
MICROSCÓPICO LEITO”

Trecho do poema Nosso Amor Ridículo se Enquadra na Moldura dos Séculos, de Waly Salomão
Dica de Sheyla Miranda

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fui claro?

“Não quero crítico nesse meu cântico.
Não sou melódico, não sou histórico,
não sou filósofo, nem sou nenhum sinfônico,
pois não conheço ritmo.
Também não sou esquelético,
gosto de música, embora lírica.
Adoro química, admiro a força elétrica
e da ciência gosto, não sou científico,
sou um tanto pernóstico em matéria magnética.
Sou magnífico, emboladístico,
pois sou metódico no radiodístico.
Deixo patético o radiofônico,
sou matemático num cântico chorístico.
Eu tenho físico, não sou anêmico,
não sou elástico de pneumático.
Sou veranístico e enigmático,
sou diabólico e pertenço ao ramo artístico”

Letra de Choro Esdrúxulo, de Zé Ferreira e Moreira da Silva
Dica de Laila
Abou Mahmoud

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Tanto barulho por nada?


Animação de Jamie Bell, conhecido como Displeased Eskimo

Dica de Mariana Delfini

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sem arrependimentos?

“Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz”

Trecho da canção Jura Secreta, de Abel Silva e Sueli Costa

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de cinza

Por que, depois de um Carnaval tão radiante, o céu ficou nublado outra vez?

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