“de que vale uma agenda
se agora chegou a hora?”
“de que vale uma agenda
se agora chegou a hora?”
Por que se diz que os madeireiros desmatam a floresta quando, na verdade, eles a matam?
“Muitos tentam. Loucos conseguem.”
“manhã de primavera
para todas as flores
dia de estreia”
O acaso é a vontade dos deuses que querem manter o anonimato?
“A mania começou quando eu tinha 6 anos e já alcançava as campainhas. Terminava o dever de casa, falava para minha mãe que iria brincar no playground do prédio, mas na verdade eu descia as escadas já com o coração na mão, tocava a campainha dos apartamentos e saía correndo. Do andar de baixo, ou de cima, ficava ouvindo a pergunta, quem é? Deliciava-me com a dúvida dos moradores e media, pelo número de vezes que insistiam na interrogação e pelo barulho das portas se fechando, o nível de indignação causada. Procurava não repetir os apartamentos, dar um tempo, mas, apesar de o condomínio ser enorme, quatro blocos, seis apartamentos por andar, às vezes eu esquecia e chamava a atenção desnecessariamente. Assim, em alguns casos ouvi xingamentos do tipo, moleque safado, que desplante! O prazer era proporcional à reação. Numa ocasião quase fui pego, em outra presenciei por acaso a reclamação de uma senhora ao síndico. É a glória, pensei.
Certa vez, tão tonto e excitado com o meu passatempo, toquei por engano a campainha de casa. Que susto ouvir a voz doce de minha mãe dizendo, tem alguém aí? Quem é? Acabou servindo como disfarce; o trote já estava manjado no prédio, e, embora eu não fosse o único moleque, era sem dúvida um dos suspeitos. O síndico mencionara o problema na reunião de condomínio, pedira aos pais que repreendessem os filhos, aquilo era um desrespeito. Minha mãe logo disse, meu filho não, ele não é disso, e contou que tinha sido alvo da mesma brincadeira.”
Um menino passava diante de uma igreja evangélica quando ouviu gritos, choros e lamúrias vindos lá de dentro. Intrigado, perguntou para um pastor que acabara de aparecer na porta do templo:
– O que aconteceu?
– O de sempre, garoto: Jesus está operando.
E o menino:
– Mas sem anestesia?!
Em dois livros recentes, o filósofo francês Pierre Musso “traça um paralelo entre os percursos do presidente da França, Nicolas Sarcozy, e do presidente do Conselho da Itália, Silvio Berlusconi, com o objetivo de explicar a nova práxis política da Europa, que chama de ‘neopolítica’. Nela, o populismo se mescla com o neoliberalismo e com o uso intensivo das técnicas de marketing. O resultado é um cenário marcado pela divisão, no qual o candidato ou o governante se apoia apenas em um segmento da sociedade que o sustenta, sendo recusado pelo outro.
Para chegar ao poder ou se manter nele, o sarkoberlusconismo lança mão de duas ferramentas: a fascinação e o medo. No primeiro caso, ele tenta cativar a opinião pública mesclando vidas públicas e privadas, transformando o exercício do poder em uma espécie de telenovela. No segundo, explora o terror. Daí surgem o medo do estrangeiro (a xenofobia), do muçulmano (a islamofobia), da globalização (o protecionismo), entre outros. ‘Essa forma de governo paralisa a opinião pública’, diz Musso.”
Webmaster: Igor Queiroz