Arquivo de junho de 2015

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Há poesia na dor, na flor, no beija-flor, no elevador

“Por que a poesia tem que se confinar
às paredes de dentro da vulva do poema?
Por que proibir à poesia estourar os limites do grelo
da greta
da gruta
e se espraiar além da grade
do sol nascido quadrado?
Por que a poesia tem que se sustentar
de pé, cartesiana milícia enfileirada,
obediente filha da pauta?
Por que a poesia não pode ficar de quatro
e se agachar e se esgueirar para gozar
– CARPE DIEM! –
fora da zona da página?”

Trecho de Exterior, poema de Waly Salomão
O título do post se baseia em Balada do Esplanada, poema de Oswald de Andrade 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Mãe tem prazo de validade?

“A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a supermãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.”

Trecho de A Mãe Desnecessária, artigo de Márcia Neder

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Nunca um doce se revelou tão amargo?

Sorvete vendido na Índia, que está gerando protestos dos alemães

quarta-feira, 3 de junho de 2015

De cavalo dado, não se olham os dentes?

Do Facebook de Noemi Jaffe
(clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Playboy

O motorista, distraído, não vê o sinal vermelho, atravessa o cruzamento e se choca com um ônibus. Sai imediatamente do carro, que exibe no vidro traseiro o adesivo “Conduzido por Jesus”, e observa o estrago. Depois de uns segundos, exclama: “Meu Deus!”. Do ônibus, um passageiro grita: “Vai apelar para o papai, é?”.

 A partir de Péssima Influência, stand-up de Rafinha Bastos 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Há realmente justiça na meritocracia?

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Tudo sob controle

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Seguro na mão da deusa e vou?

“Apesar da curva
Apesar da serra
Apesar da grama
Apesar da chuva
Apesar da lama, do muro, do escudo
Apesar do escuro de tudo que turva
Apesar de tanto penar, de tanto pensar, de tanto pesar, de tanto apesar
Apesar de tudo o que a gente não sabe, que não serve
Apesar de tudo a pesar
Tudo vai ficar leve, tudo vai ficar leve, tudo vai ficar leve
Se você me levar”

Trecho de Apesar, canção de Gustavo Galo e Paulo César de Carvalho
Interpretada pela Trupe Chá de Boldo 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Você, que trolou a merenda da neta de Gilberto Gil, sabe mesmo do que estava rindo?

“Fico contente em ver muitas pessoas apoiando uma alimentação saudável e consciente. Ao mesmo tempo, entendo algumas pessoas criticarem a marmita da minha filha, pois acredito que elas não enxergam a alimentação como uma ferramenta política, econômica, social, ambiental e de saúde. Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação e são esses valores que quero passar para a minha filha no dia a dia. Tem gente que escolhe a música, tem gente que prefere a politica, outros preferem o esporte, a pintura ou os livros para lutar por um mundo melhor. No meu caso, escolhi a comida!!!
Coloco banana da terra e batata doce na lancheira da minha filha primeiramente porque ela GOSTA. Os outros motivos são diversos, porém complementares:
* Com a batata-doce e a banana da terra, consigo mostrar pra ela o verdadeiro sabor da nossa terra, pra ela lembrar que o sabor da infância era um sabor natural do Brasil e não de alguma fórmula artificial fabricada em laboratório.
* Me importo com a saúde da minha filha e por isso presto atenção na alimentação dela. Não considero biscoito recheado, salgadinho de pacotinho e achocolatados como alimentos e, sim, produtos maquiados de alimentos, que iludem tanto os pais quanto as crianças com seus poderes viciantes. Não quero deixar a minha filha dependente de uma indústria, quero educá-la para ser independente, poder preparar o próprio alimento e escolher o que quiser para comer no jantar.
* Nenhum lixo foi produzido com a merenda da Flor. Fiz a granola em casa e a casca da banana virou adubo pra nossa pequena horta caseira. Porém, se tivesse colocado uma caixinha de achocolatado, um pacotinho de bolacha água e sal e uma barrinha de cereal industrializada, seriam mais três embalagens jogadas no lixo, que levariam milhares de anos para desintegrar.
Lembro que, quando eu era pequena, o lanche servido na minha escola era pão com manteiga, biscoito recheado, sucos e café com leite. Já mais velha, tínhamos que comprar nosso próprio lanche na cantina, que oferecia refrigerantes, salgadinhos, sanduiches, sorvetes, balas e chocolates. Com essa oferta, a criança cresce com uma má referência e influência na alimentação através da escola. Se os pais não forem conscientes e responsáveis pela alimentação dos filhos, incentivando o consumo de vegetais, frutas, legumes e cereais, eles crescem com o paladar já viciado em produtos industrializados, altamente açucarados e engordurados (com açúcar e gordura de péssima qualidade), que podem afetar sua saúde física e mental. Enquanto muitas cantinas forem grandes influências para uma alimentação de baixa qualidade, a saída é mandar a merenda das crianças de casa. E vale lembrar que a merenda escolar não é sinônimo de besteira, não é uma festa de aniversário ou uma ocasião especial, é o lanche que o seu filho come cinco vezes por semana, é a construção de um hábito. Então, biscoitos recheados, salgadinhos, bolo industrializado e refrigerante não devem fazer parte de um lanche escolar.
Os valores estão invertidos na nossa sociedade. Muitas pessoas acreditam que saúde é sinônimo de mais hospitais, quando o ideal seria acreditar na promoção de uma alimentação e estilo de vida saudáveis para que não precisássemos de mais hospitais. Educação não é só falar por favor e obrigada e, sim, saber fazer escolhas que afetem o mínimo possível os outros e o meio-ambiente. Então, quando a sociedade enxergar a alimentação saudável como um investimento e garantia de qualidade de vida, quando cozinharmos respeitando a saúde do corpo, da terra e dos produtores, aí sim conseguiremos construir um futuro melhor.”

De Bela Gil, em seu blog, rebatendo os comentários maldosos que circularam pelas redes sociais depois de ela ter divulgado no Instagram uma foto que mostrava a lancheira da filha
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