Arquivo de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

R$ 10 mil para quem encontrá-la

HQ de Caco Galhardo
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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uma capa, um sapato de saltão e nada mais

“Em 1987, em Porto Alegre, fiquei nua no show da Rita Lee no Gigantinho. Fato. Está nas páginas, na minha biografia e nas das milhares de pessoas que estavam no show. Está na biografia da minha mãe, embora ela na época não tenha achado a me-nor graça. Na tarde do show ensaiei com a própria Rita, no palco vazio, a performance. Ela na frente dizendo:
— Sobe aqui, caminha por esta marcação no chão, tá vendo? Faz este caminho marcado com fita-crepe. Aqui nesta estrelinha desenhada no chão, você vem, bem na ponta do palco, abre a capa e fica nua pra 12 mil pessoas, falô?
— Só isso?
— Só, meu.
Disparei para arranjar uma capa. Sapato de saltão, ou sapatão de salto, se preferirem, gel pra espetar o cabelo blonde
— O quê? Ah, sim, tô saindo sim. Vou ali no Gigantinho ficar pelada, não demoro, não.
Voltei para o ginásio. Nada foi muito complicado, calcei os sapatos e estava pronta. Fiquei assistindo, debaixo do palco, à Rita cantando, inteiramente encapetada, incrível ver dali. Omitirei detalhes porque me basta o inevitável e não quero que advogados achem que estou publicando aqui parte da biografia dela e não da minha. Estou aqui humildemente inaugurando o gênero ‘autobiografias desautorizadas pela memória da própria escritora’.
Daqueles fatos lembro bem, ou melhor, jamais esqueceria. Rita fazendo um showzaço, Suely Aguiar, a melhor produtora do Brasil, ali ao lado… Já pensou? Um dia trabalhar com a Sue, ser uma dessas cantoras bem doidas com quem ela trabalha? Rita chamou a Miss Brasil 2000 ao palco. Subi, caminhei pela marcação, cheguei à estrelinha, fui até bem a ponta, abri a capa e fiquei nua para as 15, 12, 15, nunca sei, mil pessoas. Então virei para a banda e abri a capa para os músicos, não adianta, fui educada assim.
Isso é o que consta na minha biografia, nas páginas, com muitas testemunhas. Desci e já no corredor dos vestiários em direção ao camarim…
— Adriana, você é a Adriana?
— Sim, você sabe que sim, acabou de me ver no palco.
— Não tem roupa nenhuma mesmo aí debaixo dessa capa?
— Não, você sabe que não. Com licença, por favor?
— Olha, eu fui advogado da Elis Regina e de outras estrelas da mú…
— Dá licença, por favor?
— E tava pensando… se a gente…
Eu não via jeito de escapar. O homem era enorme, estava bêbado e me encurralava contra a parede. Meu camarim, o úuultimo do corredor. Segurando a capa com as mãos e com os saltos altíssimos, não tinha ângulo para dar um golpe, digamos, baixo, e continuar equilibrada. Todas as atenções voltadas para o palco.
Passou um vulto pelo corredor e pensei ‘estou salva’, mas, como não voltou, concluí ‘estou frita’. Poderia aparecer alguém agora, meu Deus, um segurança, um biógrafo dando sopa, sei lá. De repente, do nada, no começo do corredor, Suely acende as luzes e pergunta:
— Meu, tá tudo bem aí?
Corri pro camarim tentando não perder o equilíbrio, o topete e a pose, em vão. Nem ‘muito obrigada, Suely’ eu disse. Mas ela virou o ‘meu anjo Suely’, e daquele monstro o que ela fez eu jamais soube. Dela também fiquei sem saber, mas nunca a esqueci.”

Trecho da crônica Concordo com Roberto Carlos, de Adriana Calcanhotto

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Pensa que é fácil trabalhar desonestamente nesta cidade?

Cartum de João Montanaro
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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Anjo da guarda, super-herói ou o Usain Bolt fazendo uma boa ação?

Imagem supostamente captada por uma câmera de segurança na China

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ninguém se lembra mais da boate Kiss?

“Não, não vou elaborar grandes teorias sobre o recém-nomeado ‘rei do camarote’, o sujeito que foi ‘descoberto’ pela Vejinha e que gasta 50 mil dilmas numa balada, um pouco mais, um pouco menos. Cada um gasta o dinheiro que tem como quiser, e se ele for ganho honestamente, não vejo problema algum se o cara quer torrar pagando champanhe para os outros, na maioria gente que nem conhece, e fazer papel de bobo publicamente, exibindo sua Ferrari e suas roupas de grife, achando que isso, como ele diz, ‘agrega valor’ ao que quer que seja. Quando assisti ao vídeo abaixo, não tive sentimento algum em relação à gastança e à futilidade de tudo. Nem de inveja, nem de indignação, nem de raiva, nada. Achei até engraçado o jeito que o cara fala, os conceitos nos quais acredita e tal. É meio espantoso alguém de quase 40 anos ser tão bobo, mas esse é um julgamento meu: o cara é bobo. E ele pode achar o mesmo de mim, que coleciono carros velhos. Portanto, sem julgamentos. O Eike Batista, até outro dia, era incensado pela ‘sociedade’ por ser um empreendedor, um visionário, um isso, um aquilo, e torrava dinheiro do mesmo jeito, podem ter certeza. Prova de que julgamentos baseados na superfície de nada valem. De novo, cada um que gaste com o que bem entender.
Mas uma coisa me chamou a atenção, e agora são vocês que vão me achar, talvez, bobo, ou ingênuo. Vocês devem ter notado as garrafas de champanhe com pequenos sinalizadores fazendo faísca, é assim que elas chegam aos camarotes, às dezenas, e suponho que isso seja mais comum do que eu, que não vou a baladas, imagino. Então, me pergunto, e juro que é a única coisa que me importa nessa frivolidade toda: como é que isso ainda é feito, e permitido, e aceito, depois do que aconteceu em Santa Maria?”

Extraído do blog de Flavio Gomes

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

De boas intenções, o inferno da depressão está cheio?

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Dica de Paola Refinetti

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O amor, quando morre, é de morte morrida ou matada?

“Todo dia eu sei que vou morrer de amor
Como se diz morrer de rir ou de calor
Mas sei também que o amor um dia morre
Contra todo amante o tempo corre
Morre o amor
Morre o amor
Driblando esse destino nosso amor se faz
A cada sol a pino eu peço um dia a mais
Pra não acreditar na despedida
Até onde nos levar a vida”

Trecho de Morro, Amor, canção de Arnaldo Antunes e Caetano Veloso
Interpretada por Arnaldo

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Quando o algoz também é vítima

Nem mesmo nós, os moderninhos, escapamos de praticar o machismo – e sofrer os reflexos dele

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Marieta Severo – “Sou de um tempo em que nos guiávamos por uma palavrinha mágica: experimental”

Homenageada pelo 18º Prêmio CLAUDIA, a atriz Marieta Severo se declara de esquerda, explica o apoio que deu à Comissão da Verdade, relembra o exílio italiano e conta que sonhou morar numa comunidade alternativa com Leila Diniz

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Existe alguém mais perfeitamente imperfeito do que eu?


“Metade de mim é atrapalhada. A outra metade, deixei cair no chão e quebrei.”

Boutade que circula pela internet
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