Arquivo de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

À beira do abismo

Ana, a faxineira que trabalha uma vez por semana em minha casa, chegou preocupada: “Você viu que o homem baixou o preço dos ônibus? Escutei no Datena, mas não entendi nada de nada. Prefeito obedecer o povo? Sei não… Meus avós lá na Bahia diziam que, quando coisas estranhas começassem a acontecer, o fim dos tempos estaria bem perto. Melhor a gente se preparar, patrão…”

terça-feira, 25 de junho de 2013

Quer mágica? Vá ao circo!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Eles se gostam. O problema é que não conseguem dormir juntos?

“Estou indo, diz o dia
já vai tarde, diz a noite
só me volte amanhã cedo”

Haicai de Domingos Pellegrini

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ao contrário de Neymar, escritores nunca acertam de primeira?

“Ninguém escreve bem. No máximo, algumas pessoas reescrevem bem.”

De Ruy Castro 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tudo não passa de um relance?

“- A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais. É, portanto, um pisca-pisca.
O Visconde ficou novamente pensativo, de olhos no teto. 
Emília riu-se. 
– Está vendo como é filosófica a minha ideia? O Senhor Visconde já está de olhos parados, erguidos para o forro. Quer dizer que pensa que entendeu… A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim pisca pela última vez e morre.
– E depois que morre? – perguntou o Visconde. 
– Depois que morre vira hipótese. É ou não é? 
O Visconde teve de concordar que era.” 

Trecho de Memórias de Emília, livro de Monteiro Lobato

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quanto mais repressão, melhor?

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Inépcia

Se a cura gay for pelo SUS, o povo vai morrer viado?

A partir do Facebook de Monalisa Bipolar

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Ainda precisamos de grandes líderes?

“Tenho falado ultimamente daquilo a que chamo movimentos de borda. Eles se afastam do centro político estagnado, das instituições enrijecidas, das disputas por dinheiro e poder. Neles predomina um ativismo autoral, não mais dirigido por partidos ou líderes carismáticos. A presença destes é residual e produz incômoda sensação de oportunismo. Não há comando único, há relação horizontal e lideranças móveis: hoje lidero, amanhã sou liderado; hoje sou arco, amanhã sou flecha. Esse ativismo não tem porto, carrega sua âncora e estaciona onde quer. Basta ver quantos sites temporários há na internet, usados numa mobilização ou num momento. O essencial é perceber o que está latente. Não são os 20 centavos no Brasil, as árvores da praça na Turquia, ou qualquer demanda simbólica visível. O que está em pauta é a democratização da democracia. As pessoas não querem ser meros espectadores, lugar em que foram colocadas pelos partidos que detêm o monopólio da política. Querem ser protagonistas, reconectar-se com a potência transformadora do ato político. Deve-se reconhecer esse desejo e respeitar o sujeito político que surge. Muitos se apressaram em desqualificar os novos movimentos, os abaixo-assinados, a campanha de defesa das florestas, a solidariedade aos índios, o ‘Fora Renan’. Agora se esforçam para descobrir uma forma de interlocução, mas mantendo a ansiedade de liderar, usurpar, controlar.”

Trecho do artigo Aprendizado essencial, de Marina Silva

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Não usarás o nome da democracia em vão

“Você não se identificar parcialmente ou completamente com as ideias de nenhum partido pode te fazer um cidadão apartidário. Antipartidarismo é uma outra coisa. É claro, você também pode ser um antipartidário, mas deve saber o que isso significa, seus bens e, principalmente, seus males. Se existe o risco de os partidos se aproveitarem do momento delicado, existe o risco de os antipartidários reagirem com uma violência intolerável. (…)
‘Todos são bem-vindos’, afirmam os membros do MPL. ‘Somos apartidários, não contra os partidos.’ Mas a crítica aos cartazes conservadores abre uma ferida complexa no corpo do movimento. Um membro do MPL afirmou que ‘tem gente que não consegue mobilizar nem dez pessoas e leva uma faixa contra a legalização do aborto’. Com todo o respeito por esses brilhantes garotos, mas, se essa declaração corresponder à verdade, recomendo a observação cautelosa, no Rio, no final de julho, da 38ª Jornada Mundial da Juventude, um movimento tão gigantesco quanto os desses últimos dias, justamente de pessoas que pensam assim. Que, sim, são convictamente contra a legalização do aborto etc. Se apenas dez pessoas, ou mesmo somente 10% deste país apoiasse a cura gay, poderíamos ter a alegre certeza de não ver Feliciano desafiando o governo a interferir na votação do Congresso. 
E, horror, se um homem lá no meio da multidão for como você, contra tudo que você é contra, a favor de tudo de que você é a favor, mas, na última linha dos seus pontos em comum, ele se virar e dizer ‘ah, me esqueci de te falar uma coisa: sim, eu sou contra a legalização do aborto’, você não vai emprestar sua garrafa de vinagre pra ele? Você vai gritar com medo ‘você é de direita!’ e sair correndo? Por que essa insistência em alcunhar e agredir direitistas e esquerdistas e os malditos ‘em cima do muro’. Não parece mais complexo do que isso?”

Extraído do Facebook de Felipe Hirsch, diretor teatral 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Quando a temperatura sobe, a comida esfria?

“Mãe, não me espera para a janta”

Cartaz presente nas manifestações de ontem, em São Paulo
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