Vaidade? Só tenho uma: me vilanizar em público

“Não ocultei o monstro: jamais hei de ocultá-lo.
Jamais erguerei paredes para vedá-lo às vistas dos curiosos
e maledicentes.
Jamais hei de exilá-lo.
Ao contrário:
plantei-o no trono do salão central do palácio que ergui
para abrigá-lo, na capital do meu reino, no umbigo desta
ilha que eu mesmo tornei eixo
do mundo.
Que para ele convirjam todos os turistas, todas as rotas
marinhas, todas as linhas aéreas, todos os cabos submarinos,
todas as redes siderais.”

Trecho de Minos, poema de Antônio Cícero 

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