Um momento de compaixão

“lá vem o homem deformado
não quero desviar os olhos
nem prender a respiração
ao passar por ele
eu me concentro
quase nos trombamos
a pele do rosto inchado
a ponto de explodir
tenho 35 anos
nenhum dinheiro no banco
uma vaga memória
de que vale a pena viver
etc.
mas o que faz o homem deformado
quando está alegre
quando sente o coração tomado
pelo fogo alaranjado
das estrelas de verão?”

Bairro, poema de Fabrício Corsaletti

Deixe um comentário

Contato | Bio | Blog | Reportagens | Entrevistas | Perfis | Artigos | Minha Primeira Vez | Confessionário | Máscara | Livros

Webmaster: Igor Queiroz