Todo brasileiro gosta de apanhar (e de bater)?

“[No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, o personagem principal] se encontra com Prudêncio, seu antigo escravo. Depois de livre, Prudêncio também comprou um escravo, a quem dispensava os mesmos maus tratos que recebeu quando cativo. Prudêncio não conseguiu escapar da lógica violenta do sistema. Quando ficou livre, em vez de criar algo novo, apenas reproduziu a ação da qual era vítima. Prudêncio me lembra os black blocs. E assim reafirmamos nossa condição de sociedade sadomasoquista. Formada por classes que há mais de 400 anos vivem em função dessa relação que divide o mundo entre os que batem e os que apanham.”

Trecho de Sentado com os Black Blocks no Divã. Um ano depois, aonde essa raiva vai nos levar?, artigo de Bruno Paes Manso

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