Maria o quê?

“Ainda acontecia uma coisa muito sinistra quando eu chegava para gravar. Na época, tinha uma maquiadora que todo dia me chamava de Maria Helena. Eu dizia: ‘Sou a Maria Alice…’. E ela: ‘Ah! Sim, Maria Alice…’. Por ingenuidade minha, considerei que ela era esquecida, mas depois de um tempo percebi que aquilo era proposital. Por ser de teatro, eu chegava à TV e colocava meu sapato sozinha. Lá, eles têm três camareiras para cuidar de cada ator. Esse negócio de chegar e se arrumar por conta própria não é visto com bons olhos por algumas pessoas que trabalham ali dentro. Dessa forma, esse tipo de comportamento pode gerar desprestígio interno. Uma maquiadora que trabalha naquele lugar imagina ser uma supermaquiadora porque afinal ela é da G-l-o-b-o. E eu queria criar. Então ficava aquele clima: ‘Ih, lá vem a criativa…’.”

Da atriz Maria Alice Vergueiro sobre o período em que trabalhou na Globo (novembro de 1987 a junho de 1988). O depoimento faz parte do livro Tapa na Pantera na Íntegra – Uma Autobiografia Não-autorizada

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