Ana, a antialcoviteira

– Me desculpe, dona Ana.  Não conheço a senhora direito, mas queria lhe perguntar uma coisa.
– Pergunte, moça.
– Minha colega disse que a senhora só faz faxina para homens. É verdade?
– É, sim. Não gosto de patroa. Prefiro patrão.
– E a senhora tem quantos patrões?
– Três.
– Os três moram sozinhos?
– Moram.
– Solteirões?
– Todos os três.
– Bonitos?
– Um está velho demais. O outro dá para o gasto, mas não se interessa por mulher. Já o terceiro… É bonito, o Satanás!
– A senhora se incomoda de me passar o telefone dele?
– Oxente, o telefone? Por quê?
– É que estou procurando um caso sério, não sabe? Com um sujeito bem de vida. Posso ligar, dizer que conheço a senhora…
– Nem perca seu  tempo, moça. Nenhum dos meus patrões serve para caso sério. Aquilo ali é tudo vira-lata!

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