A catástrofe faz eclodir o melhor ou o pior de nós?

“Sobre a falta d’água, é exatamente o que levará São Paulo a ser a cidade mais interessante do mundo em 2015. São Paulo não está apenas na vanguarda de um problema que em breve atingirá o resto do Brasil e do planeta, mas será laboratório do seu impacto social. Se a ideia de escassez está associada ao conflito entre os homens, ela também é motor do trabalho, do comércio entre nações e, contraditoriamente, da necessidade de paz. Digressiono pelo seguinte: o racionamento fará São Paulo mais unida e solidária do que nunca. Talvez seja o que historicamente a una, pela primeira vez. E pense nas festas tribais, nuas, purpurinadas e desbundadas que ocuparão a cidade à beira da queda. O bloco Rufos e Bufos cantou no sábado passado ‘A arca de Noé virou/Bebam vinho que a água acabou’. É isso: bebamos. Tudo acaba. Para depois começar de novo.”

Trecho de A cidade mais feia do mundo, artigo de J. P. Cuenca

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