A caminho do naufrágio

“‘Se os marcianos fossem comprar a Terra, o que fariam?’, pergunta Luis Stuhlberger para a pequena e selecionada plateia de investidores e economistas. ‘Eles pagariam pelos recursos naturais e pelo conhecimento humano, que são bens importantes. Mas certamente não pagariam nada pelo dinheiro do planeta, porque o que existe em endividamento é maior do que em ativos’, diz. A parábola ilustra uma conhecida conta-que-não-fecha do sistema financeiro, que o gestor do maior fundo multimercado brasileiro acredita ser o gatilho do próximo colapso global.  Se o dinheiro não valeria nada para um marciano, um dia ele sofrerá o ajuste e valerá menos para terráqueos. Isso é causado, segundo Stuhlberger, porque a quantidade de dinheiro sobrando na mão de poucos é imensa – assim como é imensa a dívida de empresas e governos. ‘Na próxima crise, o que vai perder valor será o dinheiro. O dólar e o euro vão perder valor. Um por cento de pessoas detém 99% do spare money [dinheiro ocioso] do planeta, e quem tem muito dinheiro vai perder’, diz Stuhlberger. ‘Mas isso é daqui a dez anos, e o mundo nunca acaba.'”

Trecho da reportagem “Na próxima crise, o que vai perder valor é o dinheiro”, afirma Stuhlberger, escrita por Pedro Carvalho

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